Passos Coelho afirmou hoje na Assembleia da Republica que o Governo está a ajustar a economia portuguesa a um "ritmo muito superior ao estimado" e a realizar reformas a um "ritmo extremamente intenso", o que terá efeitos junto dos mercados
Certo Sr. 1º Ministro, tudo muito boa conversa, os mercados estão simpatiquíssimos connosco, deste modo deveremos em breve continuar a esmolar e a aumentar a nossa astronómica divida e tudo vai ser um mercado de rosas.
Mas falta a parte mais importante que é o crescimento económico e esse não se vê, pelo contrário. Como é que nós iremos atrair grandes investimentos criadores de postos de trabalho para a população e impostos para o Estado? Somos desorganizados, pouco produtivos (por má gestão), a nossa justiça é ridicularizada dia sim dia não, o nosso sistema fiscal é caríssimo e muitos fogem ao pagamento, a legalização de uma empresa é um processo tortuoso.
E a nossa concorrência são países tipo China onde se ganha 20% do nosso salário médio, trabalham 60 horas por semana sem férias ou outras regalias e não protestam. E lá não há ASAE ou qualquer preocupação ambiental.
Ainda por cima, por cá há um sentimento anti-empresário. Ou dizem que são mal formados ou esclavagistas ou vigaristas.
Ou seja, caso não surja um milagre, não se verá a luz ao fundo do túnel e era isso que o Sr. deveria dizer. Ao contrário do que se possa pensar, ser pessimista, ou realista, não é contraproducente, pois alerta as consciências para a necessidade de esforço. Pelo contrário, prometer que o futuro será risonho, sem qualquer garantia, e que um qualquer fenómeno (místico?) nos irá salvar, tem o efeito contrário.
O que nós precisamos é que nos digam a verdade e nos mostrem a realidade.
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