sexta-feira, 23 de março de 2012

Futuro negro



O acordo com a troika, significa, no fundo, que o Estado Português deve acabar com investimentos públicos para estimular a economia e reduzir gastos para controlar o deficit. Olhando para a astronómica divida acumulada, talvez esta posição não seja carecida de lógica. O Estado está seco de verba e para investir tem de se endividar. Além de que os investimentos públicos por cá, são, regra geral, ruinosos ou nocivos.

Mas para não existir investimento público, deve haver investimento privado, caso contrário o País definha. Só que não se vislumbra nenhum avanço nesta área. Os grandes investidores mundiais estão focados para o mercado asiático e os nacionais estão sem capital ou totalmente desinteressados nos bens transaccionáveis. Os bancos também não podem auxiliar porque, após anos de vacas gordas não aproveitados para precaver o futuro sombrio que se aproximava, estão também eles sem acesso a dinheiro.
É por este prisma que a política do Governo (controlar as contas públicas a todo o custo) se pode mostrar ruinosa. Mas, o que fazer?
Sendo assim, só se o tal investimento privado aparecer, teremos saída. Caso contrário, teremos décadas de miséria e sofrimento para os portugueses. E esperemos, caso a desgraça nos caía em cima, que não surja uma intentona militar, com consequências ditatoriais, como já aspira alguma extrema esquerda afastada das lides politicas nacionais há décadas. Seria o pior cenário possível.  Ainda não se vislumbram sinais da extrema direita, mas...    

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