António José Seguro está piamente persuadido que vai estar 4 anos à frente do PS e irá disputar as próximas eleições com Passos Coelho/Paulo Portas em 2015.
Nessas eleições, os portugueses ainda se vão lembrar do ruinoso Governo de Sócrates e dos sacrifícios que tiveram de fazer para atenuar a desgraça que, juntamente com a crise internacional, causou. Mas António José tem uma vantagem: era adversário de Sócrates desde umas eleições internas do PS na Beira Baixa (Covilhã) e esteve sempre afastado de qualquer cargo dirigente enquanto Sócrates reinou e desbaratou. Teve sorte. Como Pinto de Sousa não perdoa dissidentes, afastou-o, involuntariamente, do descalabro.
Mas o grande problema vão ser as eleições intercalares.
Se o Governo tiver sucesso nas medidas que está a implementar, o desemprego diminuir e as contas começarem a ser pagas, Seguro será rapidamente apeado do lugar, pois o Governo não terá grandes perdas nas autárquicas e europeias. Caso PSD/CDS não consigam estancar a hemorragia nacional e as dificuldades se prolonguem até final da legislatura, a história para António José será completamente diferente. Haverá alguma penalização para o Governo e o PS manterá o seu líder na esperança de reconquistar o poder.
Contudo, mesmo que se mantenha como líder da oposição, mesmo que as dificuldades dos portugueses se prolonguem, mesmo sabendo que Seguro era contra Sócrates, o ressentimento contra o ex-Governo é tão forte que os portugueses não quererão mudar de rumo a voltar aos tempos anteriores à libertação: dividas, teimosia, incompetência; dos milhões gastos irresponsavelmente para as próximas gerações pagarem, como aconteceu no consulado de Sócrates.
Sendo assim, Seguro deve mentalizar-se acerca de 8 ou 12 anos na oposição!
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