terça-feira, 6 de março de 2012

Fios telefónicos e eléctricos

Durante anos em Portugal construiu-se ilegalmente ou, se a construção era legal, não obedecia a critérios racionais de arquitectura. O resultado está à vista: ruas estreitas (casos há onde não passa um carro de bombeiros ou o carro do lixo); casas com alturas muito diferenciadas; locais com prédios altos em zonas inadequadas ou com prédios baixos onde se poderiam fazer mais andares; inexistência de espaços verdes ou equipamentos de usufruto publico como parques infantis; falta crónica de estacionamento; falta de passeios para segurança dos peões, principalmente em zonas afastadas do centro. Cidades feias, desconfortáveis, descaracterizadas, nada atractivas para o turismo, é o resultado dos últimos 25 anos de construção desenfreada.


Mas nem tudo são más noticias.
Muitas câmaras municipais têm tentado inverter a situação e estão a criar planos para embelezar o que foi mal construído no passado recente e a impedir que se destruam edifícios e traços de arquitectura do antigamente mais remoto que merecem ser preservados. Por exemplo, em Vila de Rei, o centro era desfigurado. A Câmara elaborou um plano de renovação de todas as ruas e os resultados estão à vista - uma vila mais atractiva. Mas há muitos exemplos de boas actuações municipais nesta área.


Contudo, há uma excepção nestas obras de embelezamento das nossas localidades: infelizmente os fios de telefone e de electricidade, em muitos casos, permanecem suspensos no ar e os postes decrépitos ficam a estorvar quem passa. Esta preocupação parece anedótica mas, na realidade, estes fios negros pendurados em postes de madeira estragam qualquer tentativa de melhorar o aspecto de uma terra e não há maneira de eles desaparecerem, sendo enterrados.
É um pequeno pormenor, mas destruidor da paisagem urbana.
Veja-se a beleza deste céu sem fios






































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