Araújo de Barros, rival de José Mouraz Lopes na corrida à presidência da Associação Sindical dos Juízes Portugueses, afirmou que "os portugueses não merecem os juízes que têm". Trabalham muito e são muito dedicados à causa da justiça, foi a justificação do homem.
Mas em que mundo etéreo vivem os magistrados? acaso acham que "ainda" estão acima dos restantes cidadãos? Numa época em que os portugueses criticam a justiça severamente e a acham responsável, em parte, pelo estado calamitoso a que chegou o país, afirmar: "vocês não nos merecem" é de bradar aos céus. Então os restantes portugueses não trabalham muito e são dedicados às respectivas causas?
Mas já houve casos bem mais ridículos envolvendo juízes:
Há uns 20 anos, numa fila para o multibanco, um cromo esbaforido brandindo um cartão que o identificava como juiz, disse que estava com muita pressa e passou à frente dos restantes cidadãos. Um deles chamou-o de malcriado e o cromo do juiz deu-lhe ordem de prisão. Este episódio aberrante chegou aos jornais e o magistrado foi "chamado à atenção" pelo Conselho Superior de Magistratura, outra aberração.
Marinho Pinto, chefe dos advogados, é o único a denunciar a megalomania de muito juízes e tem sido perseguido por isso. Para bem do País esperemos que os homens da toga negra caiam no real e se deixem de quixotices.
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