segunda-feira, 12 de março de 2012

A ilusão dos mercados financeiros

Muitos países do mundo têm caído na ruína devido à ilusão dos empréstimos de grandes quantias de dinheiro para financiamento da economia nacional. Parece que funciona assim: representantes de grandes companhias financeiras enviam funcionários a países com reduzida divida ao exterior e propõem-lhes emprestar dinheiro para desenvolvimento da economia. Por exemplo, criar uma rede de estradas ou construir barragens para produção de electricidade. Mesmo que os dirigentes locais se recusem, os financeiros podem usar tácticas como suborno ou chantagem. Começado o processo, o mesmo é imparável até à ruína do país. Até lá, os bancos vão cobrando juros, emprestando mais e quando o país já não aguenta, começam a comprar empresas públicas rentáveis ou direitos de exploração de recursos naturais a preços muitos baixos. Tudo se consegue com a ameaça de se fechar a torneira do dinheiro


Por aqui podemos parar para pensar se a situação portuguesa, grega ou irlandesa é só mera coincidência...


E as nações vão pagando, pagando até à exaustão. Mudam os Governos e os pagamentos continuam. É aqui que a história começa a ter contornos dantescos. Se um país não pode pagar mais porque continua a cumprir? Qualquer devedor só paga enquanto puder ou tiver bens que respondam pelas dividas e os credores sabem que existe risco de não serem ressarcidos. Mas os países deixam-se ser espremidos até à exaustão. Ainda por cima sabendo-se que o negócio do empréstimo tem ou pode ter, no mínimo, contornos suspeitos. Ou seja, o empréstimo pode não ter sido contraído por interesse do país mas por interesse dos bancos, com a conivência de governantes incompetentes ou mesmo vendidos.


Por último, qual é o tribunal que vai obrigar o país a pagar? Nenhum! Então porque continuam as nações a pagar as obrigações de uma burla e a arruinar-se?  

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