Portugal tem tido 1º Ministros extremamente faladores, casos de Guterres e Sócrates. A Guterres puseram mesmo a alcunha de Picareta Falante.
Mário Soares, quando o abordavam com casos mais polémicos (quase sempre tricas inúteis e irrelevantes), respondia mais ou menos assim: "o meu amigo sabe bem que nesse assunto não faço quaisquer comentários".O resultado da prudência de Soares é que ainda hoje, apesar de casos lamentáveis que vão surgindo como o da multa por circular a 200 km/hora, ainda é um personagem querido, ouvido e respeitado.
Temos agora Pedro Passos Coelho.
Este senhor governa num período muito difícil para o país. É necessário cortar milhares de milhões de € na despesa do Estado, não havendo margem para divergir neste assunto a não ser no método, cortes esses que afectam a vida mais intima do povo e o 1º Ministro resolve adoptar uma postura de político em eleições prometendo coisas que não sabe se pode cumprir e divulgando pensamentos que se vê terem algo de vendedor de banha da cobra. Portugal já vive em democracia há quase 40 anos e a população já descodifica facilmente as intenções por trás da "conversa" fácil dos políticos". Resumindo, passámos de uma fase em que o Governo não comunicava, para outra em que comunicava mal e estamos agora numa em que comunica enganando.
Talvez o povo prefira a 1ª fase. Já sabe que o país está mal e que tem de pagar os prejuízos dos desvarios dos últimos anos. No processo, que irá demorar, prefere não ouvir os governantes opinando/massacrando.
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