sábado, 28 de abril de 2012

Liberalizar e despedir


O Governo está a tratar desta questão às fatias. Tira hoje uns dias às indemnizações, passados uns meses retira mais uns quantos, altera prazos, procedimentos e garantias - tudo no sentido de facilitar o despedimento.
Relativamente ao Governo e à sua liberal política de emprego, mais valia fazerem as malfeitorias todas de uma vez. A economia, trabalhadores e empregadores adaptar-se-iam mais rápido. Assim, existe incerteza o que não é favorável ao investimento e empregabilidade.
Há uns anos havia gente empregada que se sentia dona da empresa e com o futuro assegurado. O dono não conseguiria despedir sem fortes dificuldades e prejuízos. Hoje, os mesmos trabalhadores vivem atemorizados e, talvez, tenham uma produtividade superior.  
Mas, o apoio popular a esta política de facilitação de despedimentos deve dividir-se em dois grandes grupos:

1 - Os que têm emprego seguro e são do quadro e que, com certeza, rejeitam estas mudanças; 
2 - Os desempregados que poderão estar positivamente expectantes. De certo, encontram nestas alterações a via para aumentar a oferta de emprego. Sendo mais fácil despedir, o investimento poderá crescer e as novas empresas poderão abrir lugares mais despreocupadamente. E um qualquer emprego precário, mas que atribua rendimento para alimentar a família, é como uma dádiva de Deus para quem está no desemprego. Quanto às empresas que já existem, tornar o despedimento mais barato será um meio de facilitar a sua solvabilidade ou sobrevivência. Será mesmo assim? 

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