sábado, 21 de abril de 2012

Má economia



A desgraça que vivemos tem a ver com más políticas e decisões, mas também e sobretudo com economia global.

Desde que os investimentos na indústria, os tais produtos transaccionáveis, fugiram para Leste e depois para a China, Índia, Vietname e outros parecidos, começaram as verdadeiras dificuldades no Ocidente.
Essas dificuldades foram agravadas pelos compromissos firmes (e eleitoralistas) dos Estados nas políticas sociais. Os Governos (principalmente nos PIGS) não reduziram esta despesa (com medo de perder eleições?) e aumentaram desmesuradamente os valores da divida para não falharem nos tais acordos sociais do Estado Providência. Ou seja, as dívidas dos Estados, que vinham a subir consistentemente, tiveram um pico nesta altura e atingiram os níveis insuportáveis actuais, com juros usurários.
Não havendo investidor que empreste nestes casos com juro razoável, a despesa vai ter mesmo de ser reduzida à força. Não porque queiramos sofrer mas porque não existe outra alternativa.
Caso o Leste e a China continuassem fechados à economia Global, ainda deveríamos possuir muitas empresas estrangeiras a laboral por cá (lembrar que até existia uma pujante associação dos gestores de empresas estrangeiras em Portugal), haveria uma taxa de desemprego reduzida e mais receitas em impostos.
E, por último, poderíamos continuar a ser mal governados. As receitas fiscais mais generosas tapariam todos os buracos. Sendo assim, as más decisões e más políticas seriam irrelevantes e ignoradas.

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