sábado, 21 de abril de 2012

O fim da ilusão Passos / Gaspar?


Foram hoje divulgados os números da execução orçamental no 1º trimestre de 2012. Assim, a despesa do Estado aumentou 3,5 por cento enquanto a receita diminuiu 4,4 por cento nos três primeiros meses do ano. O Governo garante que estes números já estavam previstos e não põem em causa os objectivos orçamentais.
Podemos reclamar muito desta ou daquela política do Governo de Passos; sublinhar que não estão a ser diminuídos os privilégios escandalosas das empresas a quem saiu a sorte grande das PPP (embora da responsabilidade do Governo anterior); da miséria de muitos desempregados e reformados; da diminuição de rendimentos de grande parte dos cidadãos. E todas estas criticas são válidas, embora, como as sondagens recentes demonstram, a população entenda que não há alternativa à política de austeridade a que estamos obrigados. E o povo sabe que as mal feitorias vieram do Governo Sócrates.
Mas se o Governo falha no deficit,a economia não começa a crescer e continuarmos impossibilitados de regressar aos mercados de crédito financeiros internacionais, então aí teremos toda a legitimidade para dizer que o Governo falhou, em toda a linha. 
Esta é a questão fulcral da vida portuguesa actual, se falhar falha todo o resto. Os temas sobrantes, a maioria tricas sem interesse, outras com influência maléfica na vida dos cidadãos, serão apenas polémica marginal, mas sem influência decisiva no futuro do país. 

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