Portugal e Grécia (faltam Espanha e Itália para termos o leque completo dos PIGS) vão ter tratamento à africana: o de indigentes.
Não temos economia, não temos gestores competentes, temos um povo eleitor que se deixa enganar facilmente e temos dividas monumentais que nunca conseguiremos pagar; mas tivemos a veleidade de pedir emprestado para manter um nível de conforto e de privilégios fictícios e que hoje não queremos largar. Sendo assim, os nossos credores, a bem da economia europeia e mundial, devido ao euro que não pode acabar, parece que vão ceder e vão facilitar-nos a vida. Perdoando parte da divida, baixando juros ou aumentando prazos, talvez para os 99 anos, tão comuns no século XIX.
Mas a irresponsabilidade de quem nos emprestou também deve pesar na decisão de folgar a corda. Qualquer banco avalia um risco de um empréstimo, no caso de países os banqueiros tendem e esquecer esta regra de ouro e até a falsificar relatórios de avaliação. Os credores bancários vão sofrer as consequências da sua ganância.
Mas nós, os PIGS, não deixaremos de ser indigentes aos olhos do mundo.
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