Os estivadores portugueses, pelos vistos apenas um grupo de 300 e tal, sentem-se uma casta à parte na sociedade portuguesa. Na loucura do PREC conseguiram regular a sua profissão e levaram ao extremo os privilégios auferidos. Nos portos que estão em greve (Aveiro, Lisboa e Setúbal) só entra para a profissão quem pertence e tem a anuência do Sindicato. Não entram os melhores e os mais aptos, entram os apenas os camaradas do PCP, pois o Sindicato da Estiva é dominado pelos comunistas. Por isso não é difícil encontrar na estiva pessoas da mesma família ou amigalhaços do Partido a exercerem a profissão de estivador.
Depois há a questão das horas extra, até agora reguladas por contrato à parte e que rendiam milhares de euros aos funcionários. Com as alterações recentes no valor pago pelo trabalho suplementar, este rendimento irá diminuir também na estiva, daí vem a revolta incontrolada destes trabalhadores.
O PCP quer manter a actual situação de privilégio pois ter um sindicato da estiva nas suas mãos permite-lhe dominar mais uma estrutura importante na economia portuguesa, à semelhança dos transportes. Nas greves, que eles tanto gostam de convocar, estes poderes são uma maneira óptima de criar mais confusão e prejuízo à Nação.
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