No Egipto vai realizar-se a segunda volta das eleições presidenciais egípcias, a 16 e 17 de Junho e os candidatos são Mohammed Morsi e Ahmed Chafik, o homem da Irmandade Muçulmana e o homem do Exército, respectivamente. Os outros nove candidatos, derrotados, ou não pertenciam às duas forças mais extremistas do país - Forças Armadas e a Irmandade Muçulmana - ou eram adeptos de versões de sectores mais moderados.
Impressionados pela multidão que derrubou Mubarak, os ocidentais pensaram que vinha aí a democracia pura e cândida e o respeito pelos direitos humanos para o país do faraós. Engano redondo. O povo egípcio não quer nada de modernices ou liberdades fundamentais, uma parte quer a ordem e respeito do tempo Mubarak a outra parte prefere a sacralidade dos princípios islâmicos na governação do País. Vamos ver quem ganha.
Deste episódio tiramos uma lição: a multidão na rua apoiando este ou aquele sector, por mais gigantesca que seja, não representa nada. Apenas eleições democráticas livres e universais permitem aquilatar os desejos da população.
Se dentro de 4 ou 5 anos houver novas eleições e se mantiver a tendência actual, poderemos afirmar que o sistema democrático egípcio é o adequado.
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