O fenómeno de Fátima é a mais bem elaborada operação de marketing de uma instituição em Portugal, de todos os tempos. E uma das melhores do planeta.
Conseguir, num tempo de materialismo e consumismo desenfreado, reunir 300 mil pessoas com um fim comum, a maioria indo a pé ao longo de centenas de quilómetros, é um feito notável.
A liderança deste prodígio está nas mãos da Igreja Católica, é nos cofres desta instituição que caem os milhões de euros que os devotos lá deixam todos os anos. Sendo assim, sem margem para dúvidas, é à Igreja que cabem os grandes benefícios materiais do evento.
Os políticos, por mais extremistas, materialistas ou ateus que sejam não se atrevem a atacar o extremo poder de Fátima, tal a reprovação que isso levantaria no povo.
Mas será que Cristo ou Deus quereria tamanha devoção? Não esquecer o ataque aos vendilhões do templo. Por outro lado, talvez o sobrenatural ficasse mais satisfeito com uma ajuda aos pobres do que com os gastos em idas, dormidas e refeições numa peregrinação a Fátima. Mas claro, isso depende da consciência de cada um. Além disso, há também o caso dos menos solidários ou mais cruéis durante o ano que desanuviam a consciência anualmente em Fátima ou ao Domingo numa qualquer paróquia. Mas também aqui estamos no domínio da consciência de cada um.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Os comentários são livres.