sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Reflexões


1 - A solução apresentada por António Borges para a RTP é incongruente. Entregar uma empresa pública a privados e pagar por isso não lembra ao diabo, só se for para manter os canais internacionais de cabo mas este serviço pode e deve ser auto sustentável. Talvez nem o próprio anunciante da ideia acreditasse no que dizia e estivesse apenas a provocar os adversários. Se era essa a intenção conseguiu-o em toda a linha.
Mas permanece o problema dos 300 milhões de euros que a RTP nos custa a todos anualmente. Acabar com esta despesa aliviaria a conta da electricidade ao povo e, mais um pouco, o deficit do Estado. Sobre esta questão Passos Coelho foi peremptório ao dizer que não é sustentável e tem de acabar. Sendo assim, como vai a RTP sobreviver no futuro? O mais certo é acontecer como em tantas outras matérias: chega-se a um compromisso e não se prejudica quem mais influência possuir. 

2 - Os cortes na despesa pública são maus para a qualidade de vida geral e todos estão contra. Se o Governo arranja mais um meio de reduzir custos logo aparecem vozes discordantes, principalmente dos directamente afectados. 
O problema é que ninguém diz onde se vai buscar a verba para manter o mesmo nível de despesa social. Antes era fácil e pedia-se emprestado ao estrangeiro, hoje esse método não é viável e ninguém aponta outro caminho. Sendo assim as criticas à austeridade são ocas, inúteis e apenas pretendem enganar o povo. 

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