1 - A solução apresentada por António Borges para a RTP é incongruente.
Entregar uma empresa pública a privados e pagar por isso não lembra ao diabo, só se for para manter os canais internacionais de cabo mas este serviço pode e deve ser auto sustentável. Talvez
nem o próprio anunciante da ideia acreditasse no que dizia e estivesse apenas a
provocar os adversários. Se era essa a intenção conseguiu-o em toda a linha.
Mas permanece o problema dos 300 milhões de euros que a RTP
nos custa a todos anualmente. Acabar com esta despesa aliviaria a conta da
electricidade ao povo e, mais um pouco, o deficit do Estado. Sobre esta questão
Passos Coelho foi peremptório ao dizer que não é sustentável e tem de acabar. Sendo
assim, como vai a RTP sobreviver no futuro? O mais certo é acontecer como em
tantas outras matérias: chega-se a um compromisso e não se prejudica quem mais
influência possuir.
2 - Os cortes na despesa pública são maus para a qualidade de vida geral e todos estão contra. Se o Governo arranja mais um meio de reduzir custos logo aparecem vozes discordantes, principalmente dos directamente afectados.
O problema é que ninguém diz onde se vai buscar a verba para manter o mesmo nível de despesa social. Antes era fácil e pedia-se emprestado ao estrangeiro, hoje esse método não é viável e ninguém aponta outro caminho. Sendo assim as criticas à austeridade são ocas, inúteis e apenas pretendem enganar o povo.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Os comentários são livres.