quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Cortar e cortar a eito


Falando em cortes, na minha opinião há dois tipos: 
 - Os cortes moralizantes que são os efectuados nos privilegiados da sociedade, por exemplo deputados ou juízes. Nada resolvem em termos de despesa pública, mas são essenciais para que o povo aceite os restantes cortes a fazer e que são o grosso da encomenda. Devem atingir a fundo os direitos adquiridos dos beneficiários e ser bem publicitados; 
 - Os cortes normais que são os principais, reduzir reformas, salários e benefícios pagos pelo Estado. Estes vão ter que ser feitos, quer queiramos quer não mas é essencial que o Governa faça antes os tais cortes moralizantes.
Temos ainda a questão do crescimento económico, fulcral para que a rubrica dos cortes normais não seja tão profunda, mas o Governo aqui também tem falhado: na justiça há uma promessa de reforma mas ainda sem resultados e com muitas criticas negativas e a sensação geral é que vai continuar a ser ineficiente e lenta; o sistema fiscal está ainda incerto, muda muito; a burocracia e o poder dos burocratas continua inexpugnável e licenciar uma empresa continua a ser um calvário caríssimo; não há melhorias no combate à corrupção. Neste cenário, com a concorrência dos salários de escravatura na China e outros países da zona,quem é que se atreve a investir por cá? 
Impõe-se que o Governo comece a trabalhar nos cortes moralizantes e que torne o Estado amigo dos investidores para depois poder aplicar os tais cortes na população em geral. Será que ainda vai a tempo? 

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