Segundo alguns oráculos infalíveis, 2013 vai ser o ano em que a coligação PSD/CDS que nos governa actualmente irá cair e Seguro será o novo 1º Ministro. A razão mais apontada será a estrondosa derrota que é expectável para as eleições municipais, motivada pelo cansaço que o eleitorado já mostra pelos actuais governantes.
Seguro têm-se mostrado exultante. Não só com estas previsões mas também com o resultado de algumas sondagens que lhe dão a maioria relativa (pela lógica Seguro deveria mostrar-se aterrorizado por ter apenas a maioria relativa para governar nestes tempos de tempestade, mas a ganância pelo poder é muita).
Já BE e PCP não concordam com os tais arautos de um futuro socialista. Eles intimam Seguro e PS a mudar se querem um "Governo com ampla maioria de esquerda" e estão convencidos de vir a ter enormes ganhos de votação na sequência do descontentamento popular.
Toda esta gente de esquerda esquece-se do seguinte: o Governo está de pedra e cal e vai, lentamente, levando a água ao seu moinho. O povo vai reclamando mas já interiorizou que a austeridade é inevitável e que, afinal, o Governo não a impõe por maldade ou por ser masoquista, mas por necessidade.
Deste modo, o ano que se inicia vai ser de mais do mesmo: o PSD com CDS a cortar e racionalizar a despesa pública; o PS a garantir que tem uma receita mágica para promover o crescimento e a cortar menos e a esquerda radical, iludida com a grande contestação popular, arreigada a um nível eleitoral que não tem.
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