Pois, o problema é a recessão. Por mais cortes que se façam e por mais que o país poupe, nunca chega, pois a recessão económica rapa tudo e torna os sacrifícios infrutíferos.
Mas é caso para perguntar: se o país (Estado e cidadãos) não estivesse a poupar, em que situação explosiva não estaríamos agora? Sem dinheiro, sem crescimento, com a miséria a alastrar, seria o caos se não tivéssemos travado a tempo a loucura consumista pública e privada que vivemos durante décadas.
E a razão para a recessão e queda constante do PIB é que Portugal e quase toda a Europa deixou de ser um lugar atractivo para os investidores. Hoje, todo o capital foge para o Extremo Oriente dos 100 euros por mês de salário, 60 horas por semana de trabalho, sem mais direitos e sem a maçada de obrigações sociais ou ecológicas. E enquanto assim for, não são de esperar grandes alterações à crise do sul da Europa que se vai alargar progressivamente a toda a Europa e, imagine-se, à América do Norte que hoje já vive de empréstimos massivos.
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