Perante estas manifestações por todo o país, bem aproveitadas por um extasiado Louçã que parecia o líder da arruaça, perante o repúdio de todos os quadrantes da opinião pública e mesmo do parceiro da coligação, Passos e Gaspar devem recuar na baixa da TSU para os patrões. De seguida deverão fazer a pergunta dos 100 milhões: que medidas vamos adoptar para estimular a economia e fazer descer o desemprego?
No próximo ano vamos ter de baixar o deficit para 4,5% e em 2014 para os 3%, ou seja o Estado terá de reduzir brutalmente ainda mais a despesa. Que misérias suplementares nos esperam perante tão hercúlea tarefa? Bom, os que hoje tanto se queixam, e com razão, do desespero em que vivemos, preparem-se: em 2013, 2014 virão despedimentos em massa na função pública. Este ano, sem pestanejar, o Governo já deixou 5000 professores no desemprego e anunciou que os contratos temporários não seriam renovados. Mas isto não deve chegar e o número dos funcionários do Estado vai mesmo reduzir-se. O mito do emprego perpétuo para quem serve o público vai acabar em breve.
Sendo assim, os massivos protestos deste fim-de-semana são uma pura perda de tempo, tirando um putativo recuo do Governo no caso da TSU. Este, ou qualquer outro Executivo, terão de seguir implacavelmente a mesma política de austeridade ordenada pelos nossos credores. Passos, pelo menos, não nos tem enganado quanto ao que pretende fazer.
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