A equipa de coordenação das relações públicas do Governo está a melhorar e a amparar mais eficazmente a imagem do 1º Ministro. Ele já não aparece em querelas estéreis e em conversas inúteis e infindáveis com os papagaios da nossa vida pública, fala menos e, quando o faz é, geralmente, de forma institucional. Esta opção, que é novidade, resguarda sem dúvida a capacidade de Passos Coelho se fazer ouvir.
Diz Marques Mendes que o Governo e o PSD na generalidade desistiram do combate político e deixam o PS à solta para dizer o que quiser. Segundo este ex-ministro o executivo não tem explicado ao povo a necessidade premente da austeridade.
Será que são mesmo necessárias tais explicações? O nosso povo não é bronco e mesmo os mais simples eleitores já entenderam que não há dinheiro, estamos dependentes da troika e, se queremos manter a nossa independência pátria, deveremos rapidamente adaptar os gastos do Estado às receitas fiscais do tesouro público. Quanto ao PS também já se entendeu que nada do que eles dizem é sustentável e que estão de novo a enganar na argumentação com vista ao sufrágio autárquico. Basta olhar para França e verificar que o radical Hollande já esqueceu tudo o que disse na campanha e caiu na real.
Mas falta coordenar práticas de explicação de pontos de polémica: nomeações na saúde, pouca fiscalidade a bancos e especulação bolsista, privilégios de políticos obscenos que se mantêm. Embora não tenha de ser Passos Coelho o porta voz, é essencial iniciar melhores práticas nesta matéria. E nisto o PS de Sócrates era exemplar. Existiam 4 ou 5 ministros com o dom da palavra, convincentes, que, quando necessário, explicavam eficazmente as posições do Governo de então.
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