Ao contrário da América, África foi colonizada e depois abandonada pelos europeus. Assim, enquanto no novo mundo se instituiu uma economia e cultura industrial e ocidental, com índices de desenvolvimento razoáveis (principalmente no norte), no continente negro, em alguns territórios, a situação está lentamente a regredir, mesmo nos casos em que há grandes riquezas naturais como petróleo, não se vê o fim da miséria do povo, pelo contrário.
A razão para estes dois tipos de colonialismo reside na atitude diferente dos ocidentais em cada uma das situações. Na América, os indígenas foram dizimados - por doenças, álcool e drogas ou mesmo genocídio, portanto, passaram a ser minorias em vastos territórios. Em África, os naturais foram dominados, escravizados e humilhados, o que levou à rejeição indígena relativamente aos brancos, diria mesmo, a um ódio profundo e às lutas de libertação - o caso dos massacres da UPA em Angola mostra a profunda aversão pelos colonizadores . Como eram os brancos quem dominava o sistema de produção, as estruturas da economia foram rapidamente destruídas após a descolonização. É aqui que se inicia a crise permanente africana.
Esta teoria será apenas uma das explicações para as décadas perdidas de África. As fronteiras artificiais, a seca, as guerras por motivos fúteis, a falta de preparação de dirigentes e quadros, corrupção, interesses estrangeiros, etc, serão outras.
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