terça-feira, 30 de outubro de 2012

Seguro e os outros



O secretário-geral do PS considerou hoje que o "aceno" aos socialistas para um acordo sobre a refundação do programa de ajustamento "vem tarde" e representa o "falhanço em toda a linha" da política seguida pelo Governo

Este branqueado dental, caso venha a ser 1º Ministro, não deverá ter estado de graça. O fastio que a maneira artificial dele discursar causa, com olhos de carneiro mal morto incluídos, já causa vómitos e  poucos cidadãos o toleram.
Mas isso não seria importante caso o Seguro fosse um homem responsável e determinado. Diz ele que o apelo do PSD para uma convergência com vista à diminuição da despesa já vem tarde. Já vem tarde? O País está em estado emergência pois o Governo não consegue diminuir o monstro que é a despesa pública, situação insustentável, e este cromo diz que o aceno do PSD já vem tarde.
Mas Passos e Portas resolvem bem o caso com este irresponsável, assim como com o funcionário público Cavaco e os funcionários públicos juízes do Tribunal Constitucional: basta dizer a uns e outros que se a acção do Executivo for travada por actos irresponsáveis (no caso de Seguro) ou corporativos (no caso do Cavaco e dos juízes) se demite e lhes deixa o País nas mãos.  
Os homens até tremem e baixam logo as orelhas...

+ 4 mil milhões


Sócrates hoje gasta milhares de Euros por mês em Paris, inclusive a deslocar-se num Audi topo de gama com motorista. Ele já é alvo do anedotário nacional, mas ninguém sabe quem lhe paga a despesa. O personagem, um dos que vai ser mais amaldiçoado na história futura do nosso País,  deixou-nos para pagar uma dívida monstruosa. Todo o dinheiro pedido ao estrangeiro foi injectado na economia em obras públicas e teve resultados de crescimento mínimo na economia e ainda assinou negócios ruinosos e criminosos como as PPP ou Parque Escolar.
Sendo assim, os portugueses vão sentir na pele e no sangue o pagamento das dividas deixadas pela besta.  Para o ano que vem, vão ser mais 4 mil milhões de euros a retirar a pobres, reformados, funcionários públicos, doentes e desempregados. Soma a juntar a tudo aquilo que já nos tiraram.

domingo, 28 de outubro de 2012

O ódio e humilhação de Relvas


Realmente a vida de alguém que não é académico e atinge cargos relevantes em que tem de mandar em académicos é um autêntico inferno em Portugal.
Pode ser o maior gestor do País, pode ser honesto, competente, activo. Pode esforçar-se por fazer o bem e trabalhar o dobro dos restantes que ninguém lhe reconhece o mérito.
Ainda há dias Jerónimo de Sousa fez um bom discurso e um académico deu-lhe os parabéns e perguntou-lhe quem lhe tinha escrito aquilo. Jerónimo, que também sente na pele a falta de crivo da faculdade, contou isto com mágoa.
E o mais curioso é que o ódio mais inflamado e mais histérico contra os não académicos que atingem cargos relevantes provém dos mais baixos estratos culturais da sociedade. Quanto mais ignorante e menos estudos tiver um cidadão mais bajula o académico e despreza do fundo do seu ser o não académico que se destaca dos restantes.
O ódio que muitos têm a Relvas deriva desta nossa característica. Povo iletrado, ignorante, violento, agressivo e obcecado por títulos académicos. Só as pessoas superiores conseguem de facto passar a cortina desta obsessão e ver se um homem ou mulher é competente e honesto ou não, para lá de ser académico.
O método que Relvas usou para se licenciar é uma vigarice e foi um erro ele ter aceite. Mas será motivo para uma campanha nacional de ódio e perseguição como a que temos assistido? Quem for superior consegue ver para lá de toda esta demagogia e avaliar o homem pelo que é e fez e não pelo que representa. É difícil, mas com algum esforço individual é possível. 
 

sábado, 27 de outubro de 2012

6 milhões de almas


O impressionante número de 6 milhões de portugueses que vivem à conta do Orçamento de Estado não demove os demagogos e fanáticos de lutarem pela manutenção da situação de descalabro a que chegamos. E a Constituição não deixa alterar quase nada.
Termos 4 milhões de portugueses a pagar cada vez mais impostos na economia real para sustentar os restantes 6 milhões é uma situação insustentável e ruinosa. Só sairemos da crise quando limparmos das folhas de pagamento públicas todos os que estão a mais e de forma inútil.
Portugal precisa de um Governo que leve por diante esta árdua tarefa e o actual executivo já demonstrou não o conseguir. A pressão dos 6 milhões de cidadãos é muito forte e eles estão bem liderados e orientados. Ainda ontem soubemos que os magistrados vão poder continuar a andar à borla nos transportes públicos e pediam sigilo. Hoje a ministra que cedeu a mais essa pressão diz que os políticos têm de dar o exemplo.
Afinal o empréstimo da troika apenas serviu para continuar o descalabro, mas com aumento de impostos. 

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Doutores que são só licenciados


As equivalências que as universidades têm usado para atribuir o grau de licenciado são arbitrarias e folclóricas, o caso de Relvas é apenas um exemplo. O Estado confiou na honestidade dos reitores e temos a rebaldaria conhecida na atribuição de cursos a amigalhaços e colegas de partido.

Mas também folclórico e arbitrário é o uso do grau ou do título de Doutor. Doutor tem um doutoramento, mestre tem um mestrado, licenciado tem uma licenciatura, bacharel tem um bacharelato. Mas nós somos uns graxistas e bajuladores e chamamos doutores a todos, até, em muitos casos, a quem nem sequer tem qualquer curso mas exerce um cargo mais relevante.  

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

15 de Setembro de 2012

Após a 1ª República ter arruinado o País, o poder foi entregue a António de Oliveira Salazar para que ele  recompusesse e reconstruísse Portugal. Se antes havia revoltas todos os dias, de repente, após a acção correctiva do honestíssimo ditador, tudo estava em ordem e ninguém punha em causa a autoridade do Estado. Ora, na 1ª metade do século XX, o único caminho possível para disciplinar uma Nação em ruínas era o da força legalizada. Era necessário mostrar a todos os cidadãos que se alguém conjurasse para criar desordem sofreria na pele, literalmente, a dor do castigo dos diligentes agentes de segurança do Estado.
Hoje já não é assim. O povo está mais culto e aprendeu com os erros do passado. Acima de tudo, já compreende que a violência apenas traz mais violência e um agravar da pobreza dos mais desfavorecidos.
As manifestações grandiosas de 15 de Setembro de 2012 mostraram esta grande evolução do português. Toda aquela gente repudiou uma medida injusta e incompreensível (descida da TSU para empresas, à custado trabalhador) mas de seguida, tendo os seus intentos sido acatados pelo poder vigente, regressaram à vida normal e ignoraram as posteriores manifestações da CGTP comunista. Todos perceberam que o objectivo da Inter seria tomar as rédeas do protesto e obter créditos políticos.
Também os governantes mostraram maturidade cívica ao terem recuado na tal baixa da TSU. Inclusive o normalmente implacável Ministro das Finanças elogiou a grandeza da acção do povo e classificou-nos como o melhor activo de Portugal.   

Daniel Oliveira


Mais um texto dedicado ao sr. jornalista e comentador Daniel Oliveira

Este senhor Daniel Oliveira é um útil ao Expresso e SIC pois é um bem falante e defende posições da esquerda radical A sua contratação permite aos seus empregadores mostrar que se norteiam por princípios democráticos e dão voz a todos os quadrantes. 
Daí a existência das crónicas no Expresso deste senhor totalmente demagógicas, irrealistas e irrelevantes e que todos os dias aquele semanário dá à estampa. 
Mas o pior é o programa da SIC Notícias, Eixo do Mal onde Daniel Oliveira esbugalha os olhos semanalmente. Aquela gente está completamente desgraçada e o pensamento reinante naquele espaço parece o de um infantário ou hospício. Acusam o Ministro Gaspar de parecer um autista a falar, dizem que a única despesa pública a reduzir é nos juros que pagamos ao estrangeiro, dizem que os aumentos de impostos são uma vingança de Gaspar e Passos, afirmam (de cara séria) que este orçamento é suicidário e portanto não têm nada de apresentar alternativas, gritam que as descidas no orçamento da LUSA (onde muitos amigalhaços estão empregados) é o fim da democracia, explanam que o grande problema de Relvas é revirar os olhos enquanto fala. 
Enfim, um circo semanal onde quem quiser lançar umas boas gargalhadas à custa de alarves não pode perder. 
O único comentador ainda lúcido é um director de um jornal satírico (que vai ser encerrado).


sábado, 20 de outubro de 2012

Resistir aos credores


Cavaco diz que não vale tudo para cumprir o défice
"Não é correto exigir" o cumprimento "a todo o custo" de um objectivo nominal para o défice, disse este sábado Cavaco Silva numa mensagem no Facebook

Até Cavaco já cedeu à pressão! Os únicos que se mantêm fieis à ideia de vantagens da solvabilidade das contas públicas são Passos, Gaspar e um ou outro economista mais obscuro.
Ironicamente, a grande maioria da opinião pública está a aceitar a ideia do mais relevante político do século XX, ainda hoje idolatrado pelos cidadãos mais esclarecidos: António de Oliveira Salazar. 
Este homem, que nos governou com mão de ferro durante meio século, apercebeu-se que a solidariedade entre nações e a entre-ajuda de aliados era um conto de fadas. Foi ele que proclamou então a célebre frase: Orgulhosamente Sós!. Para os mais radicais ou obtusos por inerência, talvez a situação que hoje vivemos e este desejo de mandarmos os nossos parceiros à urtigas, consiga explicar as razões para o nosso honestíssimo e frugal ditador ter proferido aquela expressão.

Lusa


A greve de quatro dias que os trabalhadores da Lusa iniciaram esta quinta-feira contra os cortes de 30% no orçamento para 2013 levou à interrupção do serviço de distribuição de notícias da agência. 

É divertido verificar a reacção das corporações e outras organizações sugadoras de impostos quando a máquina de cortes de subsídios de Gaspar lhes toca na tesouraria. Primeiro vêm com argumentos morais e cívicos, no caso da Lusa fim da liberdade de imprensa e mesmo, pasme-se, fim da democracia. Depois, lá aparecem as verdadeiras razões: fim de empregos (e outros tachos para distribuir pelos amigalhaços) e boas condições de trabalho (leia-se mordomias como viatura para uso total e cartão para pagar as despesas da lazer com família e amigos).
Já aqui disse e repito: Gaspar falhou nas previsões do deficit (e por grande distância) e os sacrifícios do 1º  ano deste Governo foram em vão, relativamente ao deficit. O Ministro das Finanças perdeu muita da sua credibilidade e daí advém muita da revolta contra o Executivo. Mas de falta de coragem e de desapego do poder não podem os homens que nos governam actualmente ser acusados.  

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Constituição e ruína nacional


Como os Orçamentos que os Governos Socialistas elaboraram e que nos arruinaram, também a nossa Constituição é um monstro burocrático, controlador e manipulador. Só que nem todas as normas são iguais, umas são mais iguais do que outras. 
Assim, os funcionários públicos juízes do Tribunal Constitucional, amparados pelo funcionário público Presidente Cavaco Silva, não hesitaram em declarar inconstitucional a retirada dos subsídios aos funcionários públicos e pensionistas para assim se reduzir o deficit, alegando que aquela medida não era proporcional a todos os cidadãos nos sacrifícios que impunha. Mas ninguém põe em causa a inconstitucionalidade da segurança no emprego dos funcionários públicos, ou o seu direito a um sistema de saúde especial de corrida. Nunca ninguém se atreveu a considerar inconstitucional o compadrio que existe na escolha de novos funcionários. 
Enfim, as normas da Constituição são todas para cumprir mas nuns casos são mais aplicáveis que noutros.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Alternativas à austeridade

Face à situação de descalabro que o País atravessa - podemos todos agradecer ao Sr. Sócrates as consequências da crise internacional serem tão ruinosas para o nosso povo - e face às dificuldades quase desumanas que o Governo PSD/CDS enfrenta para diminuir o deficit, política que nos é imposta pelos credores mas, acima de tudo, pelo bom senso, considero que quem criticar as medidas do Ministro Gaspar de corte de despesa ou aumento de receita, sem acrescentar uma alternativa é: ou mal intencionado, ou ignorante ou diminuído mental.
De notar que podemos encontrar uma ou mais destas características nos detractores do Governo que não apresentem segunda opção.
Dizer que se é contra a poupança e contra o desvario no gasto de dinheiros públicos sem dizer como se faria diferente é das posições mais ridículas nos dias agitados que vivemos, típicas de garotos imberbes e irresponsáveis.  

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Orçamento 2013


Principais medidas do Orçamento do Estado
Confirma-se a sobretaxa de 4% em sede de IRS, que será descontada mensalmente nos rendimentos dos contribuintes e os novos escalões de IRS, que oscilam entre os 14,5 e os 48 por cento. No IMI mantém-se a cláusula de salvaguarda. 

O Governo de Passos e Gaspar continua a sua senda contra a divida pública e o deficit. Indiferentes às pressões fabulosas de tubarões da vida pública portuguesa que sempre viveram à custa do Estado, como Cavaco e Soares, não hesitam em atacar os privilégios obscenos desta gente, das rendas lascivas das corruptas PPP e de fundações inúteis e parasitas do dinheiro dos nossos impostos.
Mas quem mais sofre é o povo. É, mais uma vez, o ordenado do cidadão comum que vai ser reduzido até quase ao limiar da sobrevivência. E, da parte destes não há reclamações desde que o Governo ataque também os benefícios dos grandes, aqueles que ao longo da nossa história sempre têm traído a pátria. Afinal as grandes manifestações de 15 de Setembro não foram contra a Troika, o Governo ou a austeridade, mas sim contra a medida incompreensível da TSU. Tirando os habituais energúmenos que cercam o Parlamento de cara tapada, tudo permanece calmo.

sábado, 13 de outubro de 2012

A onda psicológica


Há quem acredite, e o número desta gente é cada vez maior, que Passos Coelho aumenta impostos por sadismo, por ter prazer em fazer sofrer as pessoas. Tenho observado cidadãos de alto nível cultural que afirmam objecções à austeridade, como se ela nos fosse imposta por motivos fúteis, exigindo o regresso aos tempos de regabofe no gasto de dinheiro público.
Ainda ontem a RTP mostrou um pequeno exemplo do que foi a loucura colectiva que nos regeu numa reportagem sobre o escândalo Parque Escolar. Sistemas AVAC em escolas só usados em hotéis de 5 estrelas ou mobiliários numa biblioteca que custaram tanto como um apartamento. Ora sobre estes esbulhos ninguém insulta os anteriores governantes ou exige uma investigação até às últimas consequências, a maralha prefere atirar-se com todas as forças a Passos Coelho. 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Daniel Oliveira


O Sr. Daniel Oliveira, conhecido comentador em jornais e TV, está exultante. O Governo, que ele já criticava mesmo antes de ter entrado em funções, está em dificuldades e o nosso país está a caminho do abismo.
Não sei como se pode estar feliz com a desgraça de um país mas Daniel Oliveira está. Tudo porque pode dizer, apenas para os mais ignaros acreditarem: vêem como eu tinha razão?
O programa Eixo do Mal transformou-se no maior lixo televisivo a nível de debates que temos: tudo serve para combater o Governo: mentiras, demagogia e piadas alarves. Sem contraditório e sem apresentarem uma única alternativa. Criticam Seguro pelas propostas infantis mas aquelas 5 trombetas da desgraça nem uma solução propõem. Lamentável.
O cúmulo foi neste último programa. Explicam a subida do IRS por malvadez e vingança do Governo. O CDS esquivou-se? Pega lá subida de impostos; o povo protestou? Pega lá a paga. Os empresários não queriam? Sobe-se o IRC. Enfim. Aquela gente perdeu a noção do ridículo e deverão estar próximos do esgotamento psíquico.

sábado, 6 de outubro de 2012

Povo mal informado


Há dias um cidadão afirmou num fórum radiofónico que se Passos reduzisse a metade a frota automóvel do Estado teríamos então um bom Orçamento; de seguida outro disse que se acabassem as reformas vitalícias de deputados o Orçamento seria saneado. Nas manifestações pede-se o fim do resgate, a expulsão da troika e a demissão do Governo.
Neste panorama dizer que temos a geração mais bem formada da história é verdadeiro, o que não quer dizer que a  maioria dos nossos cidadãos esteja bem formada. Temos muitos títulos académicos, os denominados canudos, mas só o termo de comparação, as  anteriores gerações, é que permite que esta seja considerada a mais bem formada.
Não adianta explicar, dialogar ou falar com ignorantes, ainda por cima desesperados ou radicais. É tempo perdido. É preciso agir sem indecisões ou contemplações. Mesmo em relação a Seguro, cuja grande reflexão se traduz em prometer de novo os feriados civis retirados ou a redução de deputados e outras barbaridades, já se entendeu que é tempo desperdiçado contar com ele para tentar sair do abismo em que nos encontrámos.
Foi exactamente esta a decisão de Salazar quando começou o seu trabalho de resgatar o país. Dar importância aos detractores ou demagogos, num país de ignaros, era impensável. Só assim eles poderiam ser salvos. E Passos e Portas parece quererem seguir esse caminho.    

Crise


Portugal tem saída? 
Portugal está encurralado, não tem qualquer hipótese de se salvar e o único caminho vai ser o abandono dos países da Europa da nossa causa e o irremediável caminho da pobreza e fim de ilusões para o nosso povo.
Se deixarmos de pagar a divida, como pede a irresponsável e fanática esquerda comunista, seremos a próxima Albânia da Europa e ninguém se vai importar com isso, a não ser os credores por perderem o que investiram em nós.
Se continuarmos a querer cumprir os nossos compromissos nunca o iremos conseguir. A divida é monstruosa e a economia não cresce.
Não temos saída se esperarmos que sejam os nossos políticos a indicá-la. Como em tantos outros episódios de descalabro nacional, vai ter de ser o colectivo popular a encontrar a solução. Esqueçam os políticos. Nenhum deles tem capacidade para endireitar o País. 
Políticos como António de Oliveira Salazar só aparecem de 200 em 200 anos e não se vê nenhum génio patriota como o velho ditador que consiga, sozinho, salvar Portugal.

Louçã e a coligação PSD CDS


O coordenador nacional do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, considerou sexta-feira, que a coligação entre o PSD e o CDS-PP "estalou", acrescentando ter dúvidas de que o Governo consiga elaborar o Orçamento de Estado. 

As gigantescas manifestações de 15 de Setembro foram primordialmente um acto de repúdio pelas mexidas na TSU. Secundariamente foram um protesto contra os partidos, sindicatos e tudo o que represente o nosso sistema politico. Embora Louçã não o queira aceitar, o povo também já não suporta mais o Bloco, basta relembrar os insultos dirigidos por populares a Catarina do BE, no meio das referidas manifestações. 
Mas este homem, que perdeu metade dos votos nas últimas eleições, está convencido que representa os indignados e que irá facturar nas próximas legislativas. A sua arrogância e conversa de dono da verdade está-se a tornar insuportável.

Feriado de 5 de Outubro


"Quando eu governar o 5 de Outubro será feriado", promete António José Seguro

Esta promessa de Seguro vem na senda da demagogia alambazada que o PS sempre usou para ganhar eleições. Fernando Gomes, aquando da eleição de Guterres (1995), também prometeu o fim das portagens na A3 e A4 se o PS ganhasse as eleições. E o povo, beneficiado directamente pela medida, votou em massa nos socialistas, demonstrando ter uma enorme imaturidade cívica e uma noção de honradez muito limitada. O voto popular é o mais importante instituto de funcionamento da democracia e deve ser usado com racionalidade e não vendido por valores menores, como o poder passar nas cabinas de cobrança de portagens sem desembolsar. 
Entretanto passaram quase 20 anos, temos a geração mais bem formada de sempre. Será que os eleitores se vão aperceber que, com estas propostas, o PS os está a tratar como pirralhos ou atrasados mentais e pune devidamente os enganadores? 
Sinceramente, não acredito que este PS de Seguro tenha a essência perversa do PS de Sócrates, mas estas promessas inócuas não auguram os melhores desenvolvimentos. 

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Descida da TSU


O recuo do Governo não foi fatal pois ninguém consegue governar contra um povo inteiro. Sendo assim, Passos actuou de forma inteligente e patriótica, se o Governo caísse seria um enorme retrocesso para o país. Portas não foi mais que coerente, ele é contra o aumento de impostos mas não quer instabilidade política, actuou em conformidade.
O grande pecado da descida da TSU, seria fazer-se à custa dos trabalhadores para todas as empresas. Ora, era justo a Galp, PT, EDP e todas as empresas de vão de escada terem aquele benefício? Se Passos a limitasse às empresas exportadoras ou às que contratassem ainda teria lógica, mas a todas? Estou mesmo a ver a enorme quantidade de Ferraris e moradias com piscina que se iriam comprar por todo o país à custa dos trabalhadores. 
Mas o mais curioso é que a descida de custos fiscais para as empresas virá na mesma. Se a descida da TSU se destinava às empresas, apenas 1% seria para o Estado, porquê este enorme aumento de IRS? Passos ainda vai criar descontos para as empresas com o que conseguir arrecadar com o recente assalto fiscal...caso consiga mesmo aumentar as receitas 

Aumentos de IRS


Indirectamente e sem intenção, este aumento do IRS, para os que ganham mais e que não afecta os mais pobres, vem corrigir uma injustiça na política salarial portuguesa. Diria mais, vem atenuar os efeitos pérfidos dum golpe perpetrado durante décadas por quem tem poder nas empresas, em benefício próprio e em prejuízo dos trabalhadores colocados nos estratos mais baixos dos organogramas.
Refiro-me aos aumentos salariais em percentagem. Se o aumento atribuído for de 5%, um trabalhador que ganha 400 euros será aumentado em 20 euros, mas um qualquer chefe, ou gente mais privilegiada na firma, se auferir 3000 euros será aumentado em 150 euros. Foi este esquema que proporcionou a enorme diferença entre os rendimentos dos trabalhadores que se verifica por cá. E, na esmagadora maioria dos casos, sem qualquer justificação.
Este pacote de aumento de impostos, forçado pela nossa dependência financeira do exterior, vem então repor alguma justiça nos salários dos portugueses por retirar dinheiro a quem conseguiu enormes rendimentos do seu trabalho de forma fraudulenta e manhosa. Não por ser muito produtivo, competente ou activo mas, simplesmente, por ter o poder de decisão.


Preço de Medicamentos


A saúde não tem preço. Ou tem?
O acesso aos medicamentos e tecnologias de saúde mais caros não é um problema novo.O debate à volta do parecer do conselho de ética continua.

Esta questão está eivada  de hipocrisia. É claro que os médicos não vão dar medicamentos que custam milhares de euros a quem está em fase terminal de uma qualquer doença oncológica. Primeiro porque são medicamentos que causam sofrimento adicional, depois porque já não são eficazes em fases muito adiantadas da doença e, por último, devido ao elevado custo. Estes doentes são medicados mas para não sentirem as dores da morte por cancro que são as mais fortes que um ser humano pode sentir.
Tudo isto se sabe, é aceite por todos, mesmo pelos doentes, mas, hipocritamente, não pode estar escrito. Os países nórdicos têm uma visão mais castradora desta questão. Por lá se o tratamento passar 20 mil libras o doente é deixado a morrer.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

BPN


O golpe criminoso do BPN foi organizado por um bando de facínoras a quem foram dadas todas as facilidades e oportunidades pelo Banco de Portugal. O BP permaneceu convenientemente cego, surdo e mudo enquanto o fartar vilanagem acontecia. Esse gang era predominantemente formado por personalidades do PSD, embora houvessem bandidos também de outros partidos.
Mas o grande erro foi do inenarrável Teixeira dos Santos que resolveu nacionalizar o prejuízo da mamata BPN. Este erro monumental talvez tenha sido cometido porque o Teixeira foi à bruxa (junto com Sócrates) e a velha lhe tenha dito que existiria um efeito dominó à restante banca. Só pode ter sido isto, pois não há qualquer fundamento racional ou prova minimamente tangível para justificar a nacionalização. Estamos todos a pagar 5 mil milhões (ou mais) e, ainda por cima, os malfeitores (tirando o testa de ferro Costa) estão a gozar o resultado do saque em paraísos terrestres.  

Vítor Gaspar anuncia novas medidas


São hilariantes as greves anunciadas, as moções de censura e os protestos generalizados, em que os participantes presumem que estão a lutar para mudar alguma coisa. Se não for na TSU o Governo vai ter de cortar noutro lado qualquer e se não for este Governo, outro, necessariamente do PS, teria forçosamente a mesma opção.
A única alternativa ao caminho árduo da austeridade é darmos a maioria absoluta a PCP ou Bloco de Esquerda. Eles deixariam de pagar os juros da dívida, sairiam do Euro (e, quem sabe, da UE ou seríamos expulsos) e, rapidamente, nos tornaríamos num país colectivista de raiz marxista à semelhança da ex-URSS ou antiga Albânia comunista/fascista.
Portanto, povo meu, na tua infinita sabedoria, escolhe.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Relvas


Ministério Público arquiva "casos Miguel Relvas"
o Ministério Público diz que não encontrou ilícitos criminais após averiguações aos casos das alegadas pressões a uma jornalista do Público e da licenciatura

Relvas deveria ter sido demitido de imediato após rebentamento do escândalo sobre a forma caricata como obteve a sua licenciatura. Mas o que é certo é que é legal. O legislador confia de tal modo nos reitores universitários que nunca imaginou uma atrocidade deste género. 

Portanto, esta lei tem de ser alterada para definir com rigor um método justo de equivalência. 
Quanto à questão do Público, era evidente que seria arquivado pois tratava-se da palavra de Relvas conta a da jornalista.



António Borges


António Borges diz que empresários que criticaram TSU são "completamente ignorantes"


Este Borges é mais um erro de casting deste Governo e está a prejudicar seriamente a acção e a imagem do executivo. Trata-se de alguém que medra no mundo académico, teve cargos de relevo em organismos internacionais e convenceu-se de infalibilidade própria. Portanto, um caso de narcisismo doentio extremo.
Passos Coelho deve remodelar rapidamente, após a aprovação do orçamento e retirar todos os abcessos ministeriais que encravam a acção executiva e Borges é, claramente, um desses casos.