Após a 1ª República ter arruinado o País, o poder foi entregue a António de Oliveira Salazar para que ele recompusesse e reconstruísse Portugal. Se antes havia revoltas todos os dias, de repente, após a acção correctiva do honestíssimo ditador, tudo estava em ordem e ninguém punha em causa a autoridade do Estado. Ora, na 1ª metade do século XX, o único caminho possível para disciplinar uma Nação em ruínas era o da força legalizada. Era necessário mostrar a todos os cidadãos que se alguém conjurasse para criar desordem sofreria na pele, literalmente, a dor do castigo dos diligentes agentes de segurança do Estado.
Hoje já não é assim. O povo está mais culto e aprendeu com os erros do passado. Acima de tudo, já compreende que a violência apenas traz mais violência e um agravar da pobreza dos mais desfavorecidos.
As manifestações grandiosas de 15 de Setembro de 2012 mostraram esta grande evolução do português. Toda aquela gente repudiou uma medida injusta e incompreensível (descida da TSU para empresas, à custado trabalhador) mas de seguida, tendo os seus intentos sido acatados pelo poder vigente, regressaram à vida normal e ignoraram as posteriores manifestações da CGTP comunista. Todos perceberam que o objectivo da Inter seria tomar as rédeas do protesto e obter créditos políticos.
Também os governantes mostraram maturidade cívica ao terem recuado na tal baixa da TSU. Inclusive o normalmente implacável Ministro das Finanças elogiou a grandeza da acção do povo e classificou-nos como o melhor activo de Portugal.
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