terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Ulrich não pede desculpa


Ulrich diz que não tem de pedir desculpas e que não recebe lições de ninguém
O presidente do BPI não pede desculpa pelas afirmações que fez na semana passada sobre os sem-abrigo e a capacidade dos portugueses aguentarem mais sacrifícios

Esta polémica, mais uma envolvendo declarações de gente de direita e abastada, é mais um estéril debate que nada interessa. Galamba, o arrogante deputado socratista, prestou-se a um mau papel ao introduzir o fait divers e a exigir um pedido de desculpa ao banqueiro. Teve sorte. Ulrich, que tem idade para ser seu pai, podia ter-lhe dado um puxão de orelhas pela impertinência. Mas quem é Galamba para exigir um pedido de desculpa por declarações de um cidadão num país em que impera a liberdade de expressão, ainda por cima em trabalhos da Assembleia da República acerca da recapitalização bancária?
Quanto às declarações, a jornalista perguntou se o povo aguentaria mais austeridade... Ora, queria a profissional saber se com mais austeridade o povo se suicidaria ou morreria à fome, por exemplo. E Ulrich, à sua maneira bastante peculiar, disse que sim. Na Grécia, a austeridade é mais elevada e o povo vai andando com muitas dificuldades. Os sem abrigo vivem de forma miserável e aguentam.
Outro aspecto a sublinhar é a diferença em relação a declarações lamentáveis de agentes da esquerda. Ainda há pouco o estalinista Arménio insultou de forma racista o represente do FMI na troika e não se ouviu nenhum protesto por tão condenável atitude. Pelo contrário, assistimos até a uma defesa e a uma desvalorização do caso por parte de esquerdistas notáveis. O próprio Arménio é que ficou ofendido quando lhe levantaram a questão.
Ou seja, à esquerda são permitidos todos os dislates vocais.

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