Ninguém entende como é que o PS se foi meter em guerras intestinas numa época destas. Com eleições autárquicas à porta, com o risco de a qualquer momento irmos para eleições legislativas e com as sondagens favoráveis, parece de uma infantilidade e de uma imprudência a toda a prova.
E Costa, que tem áurea de messias para os socialistas que desconfiam das capacidades de Seguro e que possui a responsabilidade de manter a presidência da Câmara de Lisboa no PS, deixou-se enrolar na telenovela política montada pela tralha socrática existente ainda no PS e ninguém percebe porque se foi meter naquilo. Segundo dizem, entrou candidato para a reunião e saiu não candidato - nas fotonovelas não há melhor enredo.
E, segundo percebemos agora, tudo feito para pressionar Seguro a reabilitar o Governo Sócrates e para deixar de se distanciar e não defender o consulado mais desgraçado do pós 25 de Novembro de 1975 - o tal que dobrou a divida em poucos anos e gastou milhares de milhões em obras sem controlo e inúteis. Há quem afirme que uma segunda intenção seria queimar Seguro, armadilhar Costa e abrir caminho a um socrático puro.
Ora, a enorme derrota do PS que expulsou Sócrates, quando era Governo note-se, se reabilitada pela direcção socialista vai ter enormes repercussões negativas na luta pelo poder para a banda do PS, tal o mau nome que aquele executivo tem em todo o país.
A tralha socrática deu uns bons trunfos ao actual governo. Como dizem os brasileiros: um tiro no próprio pé.
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