terça-feira, 17 de setembro de 2013

Passos segue

Presentemente assistimos ao desmoronar da oposição parlamentar. O Bloco sabendo da irrelevância do seu valor nas eleições municipais, agarra-se como lapa à luta inútil contra a Ministra das Finanças; o PS, por Seguro, faz discursos infantis elaborados a partir de manchetes dos jornais ao mesmo tempo que o grupo socrático o cerca por todos os lados; o PCP repete á exaustão a mesma cassete com resultados infrutíferos, apesar dos esforços titânicos de Jerónimo de Sousa.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

A caloteira

Autora: Ana Campos

Na segunda-feira passada, presenciei um acontecimento no mínimo caricato, na rua da minha residência. De manhã cedo, ouvi uma voz feminina a falar muito alto, o que me impeliu a espreitar à janela. A mulher estava no passeio, encostada a um carro, a falar para o último andar de um edifício novo. Achei estranho mas não liguei. Mas a voz alta não se calava e, aquilo que me parecia um discurso entre duas pessoas posicionadas em diferentes andares, afinal era um enfurecido monólogo aos berros. "Caloteira! Anda aqui pagar o que deves, caloteira! Também tenho um filho para criar, também tenho dividas para pagar! Anda pagar o que me deves! Vou dizer a todas as pessoas quem és!" - e disse, inclusivamente o nome. Enumerou um rol de características e factos da senhora que, mesmo quem não sabia da sua existência, passou a saber, com detalhe. "Vem-me pagar os 14 mil euros que me deves! Não saio daqui, podes ter a certeza, enquanto não me pagares." E não saiu. Confesso que a minha primeira reação foi rir perante a inusitada situação. Contudo, quando algumas pessoas se abeiraram da senhora para a tentarem acalmar, chorou. Foi neste choro que se viu o desespero, uma dignidade que já não tinha nada a perder, ou toda a dignidade de quem reivindica o que lhe pertence, o valor do seu trabalho. Entretanto chamou a polícia mas esta, aparentemente, nada pode fazer. "Já chamei a polícia mas não fez nada", continuou. "Mas descansa que eu fico aqui, à tua espera, do teu marido ou do teu filho. Em alguma altura vais ter de sair de casa e eu vou estar aqui, para receber o que me deves!" Assim o fez, sempre aos berros. Imagino a outra senhora, presa na sua própria casa, numa vergonha que já ninguém lhe pode tirar. Poderíamos colocar inúmeras hipóteses para a falta de pagamento mas é coisa que nunca saberemos. Talvez seja fruto da famosa bola de neve. No final da tarde a senhora que reivindicava a dívida ainda se encontrava no mesmo sítio, com a mesma atitude, firme e determinada, mas agora acompanhada pela família ou amigos. Jantou no meio do passeio, sobre uma manta, numa mistura de piquenique urbano e manifestação familiar. Dormiu a noite toda ao relento, abraçada a um cobertor, acompanhada pela família e pelos 2 graus centígrados, como sem abrigos a mendigar o que é seu. Na manhã seguinte outra surpresa, para mim e todos os vizinhos que acompanharam estes dois dias desta senhora. Estava sentada num sofá - sim, num sofá! - no mesmo sítio do passeio, com duas amigas de mantas ao colo, viradas para a porta de entrada e para o portão da garagem do edifício - azar da outra senhora ter todas as saídas de casa viradas para o mesmo lado. De pé, junto às mesmas, estava um senhor de fato - provavelmente advogado da outra - a tentar negociar, mas todas as cabeças sentadas respondiam negativamente. Convenhamos, quem se predispôs a passar uma noite inteira ao relento, no inverno, no norte do país, não ia ceder facilmente! No final da tarde já não se encontrava lá. Tudo tinha voltado à normalidade aparente. Provavelmente recebeu o que lhe era devido. E se a moda pega -normalmente os comportamentos começam por contágio - e passa a ser prática corrente para se exigir o que é seu? Com esta senhora parece ter-lhe resolvido o "problema".

É na falta de pagamento que nasce a nefasta bola de neve, aquela que vai engordando sem se dar muita importância. Talvez o problema tenha surgido quando se começou a facilitar os pagamentos, a 60 dias, a um ano, criando-se vícios e, o pronto pagamento deixou de existir, começou a ser visto como algo pouco moderno, provinciano, dificultador. Falso facilitador. O pronto pagamento do que quer que seja, até do pão, é um bom princípio, o princípio de "não há dinheiro não há vícios". Este exemplo tem de vir de cima, do topo, e facilita a tesouraria das empresas, cria emprego, aumenta a confiança dos mercados, cria fluidez financeira e aumenta os investimentos. Pagar na hora faz crescer a economia em vez de a atropelar.


terça-feira, 16 de julho de 2013

CDS - o partido charneira

O CDS representa um papel importante na vida partidária portuguesa. Consegue resultados eleitorais de 10% a 12% que são essenciais para a formação de maiorias estáveis no Parlamento e, consequentemente, garantia de estabilidade política. Com o PSD é usual coligar-se, com o PS não é tão liquido que tal aconteça, mas ambos os partidos (PS e CDS) têm de perceber que governar sem maioria não vai ser possível nem aconselhável nos tempos mais próximos e, dadas as zangas e os ódios entre PS e PSD, o PS tem de contar com o CDS para o futuro. A não ser é claro que queira governar à esquerda com Bloco ou PCP o que é uma solução totalmente diferente, mas possível.
Todavia, o CDS tem actualmente um grave problema e esse problema chama-se Paulo Portas. Este senhor está há demasiado tempo a chefiar o partido e tem cometido erros enormes que prejudicam e CDS e, o que é pior, o país. Está na hora de o CDS escolher um novo líder mais maturo, mais culto, mais sereno, menos melodramático, mais confiável, sem suspeitas do passado. Um personagem em quem PS e PSD possam confiar para formação de governos estáveis. 
  

domingo, 14 de julho de 2013

Esquerda de fora

No nosso pobre Portugal também vamos ser brindados com um enorme debate partidário que, a pedido do Presidente e confirmado pelos interessados, não vai incluir no rol dos oradores representantes de PCP e Bloco. Ressalta à vista a inocência do PS em rogar à extrema esquerda que alinhasse, com insistência e tudo, mas os indefectíveis líderes esquerdistas integristas apenas responderam com desprezo a Seguro e seus pares. 
Mas, pelos vistos, hoje está tudo ordenado para começar a maior inutilidade política dos últimos tempos e que vai enxovalhar (mais uma vez) o Presidente Cavaco. pela falta de resultados palpáveis e pela enorme perca de tempo - o que fará Cavaco de seguida?
Contudo o mais intrigante deste processo de criação de um memorando de salvação nacional é a reiterada ausência da extrema esquerda neste género de eventos. Para estupefacção dos apoiantes bloquistas, o Bloco não se reuniu inicialmente com a troika e pagou o preço nas eleições perdendo metade dos votos. Quanto ao PCP não perdeu um único voto de quem já vota nela, mas a perda potencial de votos em novos eleitores deve ser significativa. É que a recusa em participar em "diálogos" pode ser evidência que, afinal, aqueles que tanto criticam as soluções da direita não têm eles próprios qualquer ideia válida. Apenas retórica e amanhãs que cantam de demagogia.    

sexta-feira, 12 de julho de 2013

7 mil milhões

O Estado Português gasta mais 7 mil milhões/ano em relação ao que cobra de impostos e outras receitas. Sendo esta situação insustentável, o Governo tem de cortar aquela importância para que o Estado tenha o tal deficit 0,5%. Mas não consegue, não por falta de poder (tem maioria absoluta) mas devido às enormes pressões dos que seriam prejudicados pela redução.
O país está assim bloqueado, tem de manter a despesa aos níveis actuais para sustentar todos os que vivem à custa do erário público e vai, alegremente, a caminho do segundo resgate e da ruína. 

Rato e joguete

Portugal tem sido um rato de laboratório para vários tipos de projectos políticos. 
Sócrates achou que enriquecia o país endividando-o e levou-o à bancarrota; a troika elaborou um plano de reajustamento que afinal é uma fraude e nos arruinou ainda mais; Passos Coelho achou que podia fazer uma experiência mais ousada e resolve ir além da troika com os desastrosos resultados conhecidos. 
Vem agora Cavaco que, com as suas certezas e ausência de dúvidas, tomou por garantido que a proposta de Governo que Passos e Portas lhe apresentaram não resultaria e resolve enveredar por uma ilusão, impossível de concretizar. Ou seja, quando o país precisa de serenidade e rapidez de resposta e simplicidade, vem Cavaco com mais uma experiência, por sinal muito duvidosa.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Futuro

Infortunadamente, a pátria portuguesa continua e continuará metida nestes trabalhos de escandalosas dividas externas, bancarrota, gente desesperada, governantes de mãos atadas e oposição oportunista ou cega que não contribui para o término dos gastos excessivos.
A novidade desta crise actual é que não existe investimento privado que nos salve, nacional ou estrangeiro. Do público é melhor nem falar por ineficácia comprovada e ausência de verbas. O grosso do bolo do investimento mundial segue, sem qualquer hesitação por parte dos empresários internacionais, para o oriente e nós, europeus, não podemos iludir expectativas que alguma criação significativa de economia nova por cá ocorra, pelo menos nos próximos lustros e enquanto se mantiverem as inacreditáveis vantagens económicas dos países do sol nascente.  
Nós por cá poderíamos ir pensando em investir cada vez mais nos produtos especializados de grande qualidade, em fazer melhor e diferente dos outros povos, apostar no turismo de qualidade, inclusive na área da saúde. E rezar para que sempre exista gás ou petróleo em Alcobaça.

sábado, 6 de julho de 2013

O colapso nervoso de Paulo Portas

Após a saída de Gaspar do Governo e da tentativa de saída de Paulo Portas que causaram uma crise completamente inesperada, deve ser tido em conta que daqui a um mês, após a resolução deste caso caricato, já ninguém se lembra disto e o Governo continuará em funções elaborando o orçamento e tratando da 8ª avaliação da troika.

No fundo, do que nos vamos lembrar é da posição verdadeiramente lamentável de Seguro que se limitou a pedir de forma constante e irritante eleições antecipadas, fazendo lembrar um garoto pedindo uma lambeta.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

2º resgate

Portugal não pode ter eleições antecipadas nesta fase critica da nossa vida colectiva. Isso significará o desgraçado 2º resgate com medidas duríssimas e humilhantes de austeridade radical (ver o que acontece na Grécia) e até, quem sabe, à saída do euro. Este governo e a política seguida podem ser do desagrado de quase todos, mas nada se compara aos caos que se seguiria a um 2º resgate. Todos os sacrifícios que vivemos até hoje terão sido em vão e nunca se produzirão quaisquer resultados positivos.
Os líderes do CDS têm de ser patriotas e garantir condições de estabilidade política e de governabilidade, mesmo que não queiram pertencer ao executivo.
Em 2015 o povo decidirá conforme as regras democráticas o que se seguirá. 

terça-feira, 2 de julho de 2013

Paulo Portas, o pirata

Paulo Portas amuou e resolve criar, em teoria, mais uma crise política em Portugal. O que, a juntar à crise financeira e económica e à miséria de milhões de portugueses, pode degenerar numa tragédia nacional sem limites, nomeadamente a um segundo resgate e a situação semelhante à da Grécia.
Por puro calculismo político (Paulo Portas é dos políticos que só pensa no número de votos que vai ter nas próximas eleições) fica a nação sem adivinhar com algum grau de confiança o que aí vem. Mas que não será nada de bom, não será.
Ou alguém acredita em Seguro e nas suas histórias da carochinha? 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Adeus Gaspar

Vítor Gaspar aguentou pouco mais de dois anos como ministro das finanças do actual governo. Não existe razão normal para explicar como foi possível ele ter aguentado tanto tempo no cargo e, imune a todas as pressões, com o apoio incondicional de Passos Coelho, ter implementado medidas duríssimas para o bolso do cidadão, ao mesmo tempo que conseguia permanecer no governo.
Enfim, uma autêntica prova de esforço, sem reconhecimento ou aplauso que agora termina.
Quem deveria agradecer a Gaspar é Seguro, líder do PS e putativo futuro primeiro ministro. As medidas financeiras e fiscais que Gaspar tomou e que (quase) todos sentimos na nossa economia privada, nunca serão eliminadas pelo futuro Governo que irá beneficiar delas na acção governativa sem o ónus odioso da sua criação.
Quanto à nova Ministra que será nomeada quando tentam misturá-la na polémica das SWAP, deverá seguir a estratégia comunicacional de Gaspar, ou seja, falar apenas de forma institucional mas o menos possível e nunca conceder entrevistas de vão de escada. Isto se quiser durar o resto da legislatura no difícil mas mítico cargo de Ministro das Finanças de Portugal.    

Direitos adquiridos?

Os direitos que a Constituição e vária legislação concedem aos cidadãos são muito positivos e melhoram a qualidade de vida de todos os portugueses. Mas a garantia de satisfação destes direitos não deve ser cega. Antes de qualquer tribunal ou governo se obrigarem à manutenção de regalias devem reflectir sobre a existência de verba de forma sustentável para os financiar.
Ora, o que temos verificado é que o Tribunal Constitucional, sindicatos e oposição integrista de esquerda, com o oportunista e enganador incentivo do PS e de Seguro, não querem saber de onde vem o dinheiro (nem que seja do tutano do contribuinte) mas o subsídio tem de ser pago.
Enquanto a troika mandar o dinheiro isso ainda vai sendo mais possível. Quando terminar, sem crédito do exterior, como vai ser? Vamos comprar impressoras de alta resolução para imprimir euros??

sábado, 29 de junho de 2013

Cortes desafiam lógica

As contas públicas nacionais são um labirinto complicado. Há dinheiro para pagar o subsídio de férias aos funcionários públicos e pensionistas mas não se paga sem mais explicações, há dinheiro para amortizar as incríveis SWAP, há verba disponível para despedir e indemnizar professores e outros que estejam a mais no mundo dos servidores do Estado, não falta vontade politica para lubrificar a gestão ruinosa do Banif com milhões de euros de todos nós. Até se diz que há folga orçamental para reduzir impostos, o que me parece uma fantasia manhosa própria de tempos próximos de eleições 
Há euros para tudo e ao mesmo tempo aparecem estes buracos gigantescos da gigantesca administração pública que rapina tudo o que a nação produz.
Gaspar, secundado pelo frio e imperturbável Passos, está obcecado pela redução da despesa pública e pelo alcance a prazo razoável do deficit zero. Não se vislumbra um motivo para que o Ministro das Finanças não tenha ainda visto a montanha a pouca distância. Se a reforma das autarquias fosse feita com a diminuição para metade dos inúmeros concelhos existentes ou se extinguissem serviços do Estado que trabalham para eles próprios ou que se duplicam e atrapalham uns aos outros e que são bastante frequentes, o politicamente debilitado Gaspar veria facilitada a sua espinhosa missão e não teria de bulir nos ordenados de tanta gente.
No caso da redução de concelhos bastou uma conversa do truculento presidente de Viseu com Passos para que a medida passasse para o âmbito das indefesas freguesias. O que é uma postura dos poderes lamentável.   

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Bancos abusam nas comissões

DECO quer acabar com comissões nas contas à ordem
A DECO considera estes encargos abusivos e quer tornar obrigatório o envio aos clientes um extracto anual com todas as despesas suportadas

Desde que os bancos deixaram em segundo plano a sua actividade primordial e correcta - recordando: receber depósitos de capital, pagando um juro e emprestando a quem necessita para actividades económicas que proporcionem lucro, cobrando um juro mais elevado, sendo este o ganho legítimo da instituição financeira - que a banca tem descido a sua cota de imagem de honestidade institucional junto do mercado. 

Esta notícia das revoltantes e abusivas comissões bancárias que penalizam os mais pobres, faz parte das novas fontes de receitas da banca e é mais uma acha na fogueira de queima dos bancos e dos banqueiros.
Era muito positivo que os grandes financeiros olhassem no longo prazo e fizessem as contas aos inúmeros prejuízos que a extrema má imagem actual do sistema financeiro junto do mercado lhes irá causar, aliás este fenómeno já é bem visível.

Por outro lado, o tipo de negócios que os bancos privilegiam (jogar na bolsa, emprestar para férias e operações estéticas a gente de bem, sacar comissões a clientes dependentes e indefesos pelos motivos mais fúteis e outros, quase todos com risíveis benefícios para a economia nacional) é um bom motivo para o Estado acabar com quaisquer vantagem que a banca possa ter em relação às restantes empresas, nomeadamente fiscais e ajudas em recuperação de situações financeiras difíceis por má gestão ou crise internacional.    

O juiz reformado Sousa

O juiz reformado Sousa até foi um bom provedor de Justiça. São conhecidas recomendações suas, ou do seu gabinete, que foram acatadas sem dificuldade ou controvérsias por serem consideradas justas e bem fundamentadas. Às vezes até por órgãos de poder que não costumam recuar nas suas posições.

Mas o provedor colocou-se numa posição de adversário do Governo muito ostensiva, violando o principio "sagrado" da independência acima de toda a suspeita que alguns titulares de órgãos de administração pública ou soberania devem manter acima de tudo, mesmo da espuma rotineira das convulsões politico partidárias. Contudo, Sousa não resistiu à tentação da fama e reconhecimento pela oposição de ser mais um combatente do Governo e da austeridade. Está agora a pagar pelo erro perdendo o apoio da direita para a sua reeleição o que é um vexame, embora ele diga que nunca pretendeu ser reconduzido.

Fica a perder a Provedoria de Justiça.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Tumultos no Brasil

Com enormes problemas no sistema de educação, saúde e transportes públicos. Com aquelas favelas vergonhosas em todas as grandes cidades onde vegetam milhões de pessoas, como é possível um país assim organizar campeonatos de futebol e jogos olímpicos, ainda por cima já com enormes derrapagens e suspeitas de roubos e desvios?

Parabéns ao povo brasileiro por mostrar que não é alienado pelas aparências. Subiu na consideração de muitos.

Evitem apenas o vandalismo e a violência. 

sábado, 8 de junho de 2013

Paulo Morais

Entrevista de Paulo Morais ao Jornal I

O vice-presidente da Transparência e Integridade diz que um de quatro políticos foi corrupto no caso dos submarinos

A entrevista era para ter sido feito às 11h do dia seguinte, mas Paulo Morais teve de mudar os planos por mais uma vez ter sido chamado como testemunha num processo. É assim desde que se tornou uma das principais vozes contra a corrupção em Portugal. Vice-presidente da Associação Transparência e Integridade - pela qual não recebe nada, nem sequer ajudas às deslocações - lançou há uma semana o livro "Da Corrupção à Crise". Já perdeu a conta às chamadas que recebeu de políticos indignados com o que diz. Às vezes, desliga-lhes o telefone.
Como é que alguém que foi político está a combater a corrupção? Isso não é um paradoxo?
As pessoas devem combater a corrupção em qualquer circunstância. E se exercem cargos públicos mais obrigação têm de o fazer. Fiz apenas um mandato como vice-presidente da câmara do Porto e passei a campanha eleitoral e todos os anos do meu mandato no mesmo combate. Sempre percebi que, se Portugal não tivesse corrupção, podia ser um país com uns níveis de vida da Suécia ou da Noruega.
Esse mandato no Porto foi para esquecer?
Só aceitei concorrer porque íamos perder. Era o Fernando Gomes que ia ganhar as eleições. Não estava nas minhas ambições ser autarca. Sendo certo que ganhámos. E sendo certo, porém, que só me convidaram para aquele cargo porque pensavam que íamos perder. Se fosse para ganhar tinham convidado outro. Aí estamos quites. Mas a partir do momento que ganhámos tinha de cumprir. E fi-lo com muito gosto. Enquanto viver em Portugal sempre contrariarei aqueles que são os defeitos da política que obrigam todo um povo a viver mal.
Quantas queixas já apresentou?
Chegam-me muitas denúncias. O que tenho vindo a fazer é denunciar junto do Ministério Público (MP), sobretudo na área do urbanismo, a que sou particularmente sensível. Serei hoje o maior denunciante de crimes de urbanismo em Portugal.
E quantos já teve contra si?
Não sei precisar. Neste momento seis ou sete, porque as pessoas se sentem difamadas. O único que chegou até ao fim, de um promotor imobiliário da Figueira da foz, eu ganhei. Sou ainda muitas vezes chamado como testemunha para outras litigâncias. Muitas pessoas bem intencionadas indicam o meu nome como testemunha de processos em que acham que posso ser uma mais-valia. E eu vou, enquanto puder ajudar a que se faça justiça.
E os casos que denunciou, já conseguiu que algum chegasse ao fim?
Tenho uma panóplia. O Ministério Público tem apreciado e é com alguma perplexidade que vejo alguns arquivados, como o do Metro do Porto. Em determinado momento o Metro do Porto resolveu adquirir uns terrenos no Campo dos Salgueiros. Estavam avaliados na ordem dos 5 milhões de euros. Mas o Metro decidiu pagar quase 9 milhões por um terreno que sabia valer menos de 5 milhões. Fiz uma denúncia, apresentei documentos oficiais, avaliações, actas do conselho de administração do Metro, e o MP entendeu arquivar o processo porque não sabia onde estavam os 4 milhões de euros sobrantes. O povo português foi roubado em 4 milhões só naquele negócio.
Não há corrupção no Porto? Pelo menos não temos notícia dela.
Não há corrupção em lado nenhum. No crime de corrupção é preciso saber qual o objecto da corrupção, qual o ganho patrimonial, qual é o corrupto, o corruptor, o nexo de causalidade, as conexões. Só há acusações de corrupção se o corrupto e o corruptor forem de braço dado ao tribunal e mesmo assim duvido. Mas nos outros, como peculato ou a prevaricação, pode haver desenvolvimentos, são de acusação relativamente fácil. Mas raramente se abrem inquéritos, quando se abrem raramente há acusações, quando há acusações poucas vezes há julgamentos, quando há julgamentos raramente há condenações e mesmo quando há condenações os indivíduos não são presos.
Por que é que isso acontece?
Porque as leis são complexas, porque a justiça está desorganizada e funciona de forma medieval. Se entrarmos num tribunal, 70% das pessoas que lá estão estão à espera. Aquilo devia chamar-se palácio da espera e não Palácio da Justiça.
Foi difícil marcar esta entrevista. Ainda tem tempo para respirar?
Tenho muito que fazer. Sou matemático e isso também influencia a minha organização. Por regra de manhã trato da componente mais académica de investigação. De tarde dou aulas. Depois ao fim da tarde e ao fim-de-semana é que trato da minha vida cívica. A minha função enquanto autor da luta contra a corrupção corre nos meus tempos livres. Tenho uma vida muito preenchida, ainda com um handicap, que é viver no Porto. A minha vida privada começa sábado ao fim da tarde e acaba domingo à noite.
Metade de Portugal deve pensar que vem de Direito.
Porque estão habituados a que na classe política estejam pessoas de Direito, Economia, engenheiros. Portugal está a precisar de matemáticos, nomeadamente na política, para fazerem bem as contas. É a falta de literacia matemática que permite que as pessoas sejam tão enganadas. Os portugueses ouvem falar de números e acham sempre que é muito dinheiro, mas não têm uma noção exacta. Não sabem que a maior parte da despesa do Estado em 2013 vai ser com juros da dívida pública. Vai-se gastar mais nisso do que em todo o SNS, Educação, todos os salários da função pública. Também não sabem que as autarquias gastam per capita por ano mil euros por cada cidadão. As pessoas deviam questionar-se: qual é a receita? Qual é o benefício na minha qualidade de vida? Raramente é mais que zero. E para onde vão então estes recursos? Cerca de metade vai para pagar às quantidades enormes de boys que lá entram, a outra metade vai para megalomanias, caprichos, obras sem sentido nenhum, corrupção. O aumento da transparência é a primeira das armas de combate à corrupção. Nos Estados Unidos, Reino Unido, Timor, Brasil, todo o país minimamente desenvolvido tem um site onde as pessoas conseguem ver qual é a receita e a despesa da sua administração. A isto chama-se transparência orçamental, que em Portugal não existe. Além disto, é preciso que um edifício construído sem cumprir o planeamento seja demolido ou recuperado para a sociedade a valor zero. É violento? Claro que é. Mas faz-se uma ou duas vezes e tem um efeito dissuasor. Outro exemplo é o BPN: se ele custou aos portugueses 6 mil milhões de euros, é preciso recuperar parte significativa desse prejuízo. Como? Indo a uma sociedade chamada Parvalorem, que herdou a parte má do BPN. É possível fazer uma avaliação do prejuízo induzido pela gestão danosa e obrigar os responsáveis a pagar através do seu património ou através do património que ainda hoje detém, que é a Galilei, uma das sociedades mais poderosas de Portugal.
Como é que se gere a Transparência e Integridade?
É uma organização muito leve. O objectivo é estudar o fenómeno da corrupção para melhor a conhecer e combatê-la. Temos um pequeno secretariado em Lisboa, um orçamento de poucos milhares de euros, e tudo o resto é trabalhado voluntário. Vivemos de donativos, que têm um tecto, para não ficarmos reféns de ninguém.
Não recebe nada? Nem deslocações?
Nada. Cada um paga as suas.
Onde é que guarda toda a informação que lhe chega?
Muita dela é pública, não precisa de um cuidado especial. Aquela mais importante e confidencial normalmente é duplicada, guardada num banco e noutro local.
Se tivesse acesso a ela teria manchetes para os próximos três meses?
Se as pessoas tivessem ideia da forma como estão em permanência a ser roubadas não só ia ter manchetes todos os dias como íamos ter revoluções todos os dias. O chumbo de quatro normas do Orçamento pelo Tribunal Constitucional terá representado um buraco de mil milhões de euros. Isso foi só o que o Estado português pagou a mais pelas PPP rodoviárias num ano. Nem foi o que pagou, foi o que pagou a mais. Nas mesmas PPP está previsto que haja uma compensação à diminuição da sinistralidade e multas pelo aumento de sinistralidade. Acontece que são compensados de maneira distinta. Numa SCUT como a A28, se a sinistralidade tiver um aumento de 10% o concessionário terá de pagar uma multa de cerca de 600 mil euros, mas se diminuir 10% pode receber 20 e tal milhões de euros.
Como é que se aceitaram estes contratos? Houve falta de matemáticos?
Quem pôs lá aquelas fórmulas, ou não percebe nada de matemática, e é incompetente, ou não é sério. Com uma Polícia Judiciária e um MP actuante era prender a pessoa que pôs ali aquela fórmula.
O problema é que continuam a ser investigadas e estamos a falar de contratos muito técnicos. Os investigadores têm preparação?
Devem socorrer-se de ajuda técnica e têm-no feito. Já forneci às entidades alguma informação, é preciso é que a utilizem. Noutros ordenamentos jurídicos com outro tipo de organização e legislação as coisas são bem mais rápidas. Veja-se o caso dos submarinos.
Na Alemanha já houve condenados, aqui nem acusados há.
Houve corrupção, ponto final, que já foi provada pelos tribunais alemães. Fico desgostoso por as investigações serem tão lentos, mas fico perplexo por as pessoas envolvidas não quererem esclarecer o assunto. A aquisição dos submarinos dá-se entre o governo de Guterres, tendo como ministro o Rui Pena, e o de Durão Barroso, com Paulo Portas a ministro da Defesa. Pelo menos um destes quatro senhores ou é corrupto ou é cúmplice. Como é sabido quem compra submarinos não é o porteiro do ministério. Dois deles têm cargos internacionais. Um deles é ministro dos negócios estrangeiros. Como é que estas pessoas se permitem a representar Portugal internacionalmente com a suspeição de que estão ligadas a casos de corrupção?
Nenhum deles alguma vez foi ouvido no processo. Estas pessoas são protegidas?
É pior que isso. Há procuradores que iniciam inquéritos que envolve gente importante. O que se diz é que não têm meios. Acontece que o caso dos submarinos já não é um caso de justiça, é um caso de regime. O governo, o parlamento, o presidente da república, tinham toda a obrigação de esclarecer este caso. Haver corrupção provada na aquisição dos submarinos e em Portugal não acontecer nada? Isso é do regular funcionamento das instituições? Isto não é um problema do aparelho judicial, é bem mais profundo.
Há políticos honestos?
Há, claro que há. Eles dividem-se em três grupos: os corruptos são uma minoria - serão 10% e 15% - só que é uma minoria que manda na maioria do dinheiro. Depois, há do outro lado da vida pública, um pequeno grupo de resistentes. No meio há uma quantidade imensa de cúmplices que são medrosos, têm medo de perder as poucas migalhas que têm pelo facto de serem políticos. Dá um estatuto social nalguns locais, uns bilhetes para o cinema e para o teatro, consegue-se mais depressa fazer obras na casa da sogra.
E os que cooperam podem vir a ser corruptos mais tarde?
Acontece muitas vezes serem absorvidos pelo sistema.
A corrupção tem partido?
Não. Ninguém escapa, depois é evidente que as responsabilidades são proporcionais ao peso que cada partidos tem. Bastará ver que não encontra no parlamento partidos que combatam veementemente a corrupção. Porque será?
O poder local é o mais permeável?
As câmaras são as maiores agências de emprego do país. Nos concelhos com menos de 10 mil eleitores a questão é ainda mais grave porque nesses o maior empregador é a câmara. O segundo maior ou é a misericórdia local ou uma instituição de solidariedade social. O terceiro é uma média empresa mas que está permanentemente a solicitar autorizações e licenças à câmara. Cria-se aqui uma rede clientelar em que só tem acesso a emprego quem é afilhado do presidente da câmara, sobrinho do presidente da câmara, membro do partido do presidente da câmara.
E como é que isto se extermina?
Quando os negócios do urbanismo deixarem de dominar as câmaras municipais. A esta hora, em muitos gabinetes, estão a redesenhar-se planos directores municipais para valorizar terrenos.
Esses negócios do urbanismo deviam deixar rasto. No caso de Joaquim Raposo, na Amadora, o caso acabou arquivado ao fim de dez anos.
Nos crimes de urbanismo a investigação é simples. Tenho mostrado essa perplexidade a procuradores que são meus amigos. A testemunha do crime é inamovível. O prédio não foge, não tem pernas. Bastará ver se não cumprir o planeamento por ordem de quem é que se emitiu aquela licença, qual a data do documento que permitiu o alvará de loteamento, qual era o organigrama da câmara nesse dia, qual o regime de delegação de competências. Com estes três papelinhos está identificado o responsável. Sucede que a maioria das investigações acaba no momento em que devia começar.
As queixas que apresentou em relação ao Porto acabaram todas arquivadas.
A maioria das denúncias que fiz têm a ver com pressões que sofri quando era vereador do Urbanismo. E essas foram arquivadas. Não entendo porquê, pois acontecia-me ter reuniões com membros do governo cuja primeira preocupação era tratar de assuntos urbanísticos deles ou dos amigos. Não acho que vereadores das maiores câmaras do país se devam reunir com membros do governo para tratar de assuntos particulares. Mesmo se a pretensão fosse levar a cabo operações urbanísticas legais a sua atitude era ilegítima. Ninguém pode enquanto governante andar a tratar da vida particular.
Mas havia documentos?
Eram coisas muito fáceis de sustentar. Havia uma tentativa permanente de me influenciar a aprovar operações urbanísticas ilegais, o que obviamente eu não podia fazer. A lei não permite, a minha consciência muito menos, e tinha obrigação de as denunciar.
Se esses nomes que o pressionaram viessem para a praça pública ficaríamos chocados?
Sim, nalguns casos. Há aí muita gente na política com um ar muito sisudo que não é sério. O Dr. Oliveira Salazar passou uma mensagem à sociedade portuguesa de que para uma pessoa ser séria e competente tem de ter um fato cinzento, uma gravata escura, ser magra de preferência, e ter um certo ar de mal disposto. Do outro lado, está o político bonacheirão e incompetente. Na primeira linha estão Cavaco Silva, Manuela Ferreira Leite. Na segunda, Mário Soares, António Guterres. Oliveira Salazar percebendo isso deu um ar de pessoa séria e que só tinha 40 contos no banco quando à volta dele era só gente a roubar.
Tem muitos inimigos?
Tenho acumulado muitos. Na classe política portuguesa, quando enfatizo alguns aspectos que até são públicos, algumas pessoas telefonam-me indignadas. Explico-lhes que o meu ponto de vista é claro, que se sentem ofendidos podem recorrer para os tribunais, agora não peçam para eu calar aquilo que julgo que as pessoas querem saber. Quando são menos bem educadas desligo-lhes o telefone. Tem acontecido algumas vezes. E depois há um terceiro grupo de pessoas que são aquelas que são ainda mais simpáticas comigo na esperança de que não venha a falar delas. Não vale a pena.
Às vezes não se sente uma espécie de Dom Quixote a lutar contra moinhos de vento?
Não estou sozinho. Ainda assim, o combate à corrupção é uma maratona, não é uma corrida de 100 metros. É um caminho lento, em que os resultados só se começarão a fazer sentir quando se sentir nas ruas uma forte censura social à corrupção. Quando acontecer o que acontecia em Itália em que a máfia dominava a política. Aí eles entravam em restaurantes e atiravam-lhes moedas de cêntimos. Nos últimos dez anos, tivemos uma depreciação enorme nos indicadores internacionais de transparência. Em 2000 ocupávamos o 23º lugar, em 2013 o 33º. No meu plano pessoal fiz um contrato com a minha mulher: se daqui a quatro ou cinco anos não houver uma verdadeira inflexão neste fenómeno eu é que me vou embora. Não tenho resistência psicológica para ver o meu país a afundar-se, as pessoas pobres a ficarem miseráveis, a classe média a desaparecer, toda a gente a viver mal e eu a olhar. Não quero que os meus filhos e os netos que hei-de ter vivam num país que está condenado a ser a Albânia da Europa Ocidental.
A corrupção é uma causa da crise mas por outro lado não deixa as pessoas mais vulneráveis à corrupção?
É verdade. Mas as pessoas não devem ter remorsos de ter gasto acima das suas possibilidades - isso representa apenas 15% da dívida privada. Devem sentir sim uma raiva genuína pelo facto de o Estado ter andado a viver acima das nossas possibilidades e uma série de grupos económicos a alimentar-se da manjedoura que é o orçamento do Estado. E andaram-se a fazer negócios ao nível do urbanismo e a atribuir lugares aos apaniguados do partido. Quem manda nisto tudo? Os poderes económicos que mandam no sistema. Aqueles que não tendo o poder na mão têm a mão no poder.
Há sectores mais permeáveis à corrupção?
O sector financeiro e os promotores imobiliários são os que beneficiam mais.
Há falta de transparência na contratação pública dos grandes escritórios de advogados?
Há benefício a algumas que depois montam a teia que mantém a corrupção. O código de contratação pública foi feito pela sociedade Sérvulo Correia, que já facturou em pareceres 8 milhões de euros para explicar o que eles próprios fizeram. Não bastasse isso, depois ainda são estes que vão vender aos privados alçapões que introduziram na própria lei. E ainda vão litigar para os tribunais com as leis que fizeram.
E houve falta de transparência nas privatizações deste governo?
A opacidade foi absoluta. Uma das preocupações que manifestámos junto da troika foi justamente no âmbito das privatizações: ou se faziam como na bolsa em leilão competitivo, ou então o que tinha de acontecer era uma avaliação independente, internacional. Não aconteceu nada disto. O governo decidiu de forma opaca os processos de privatização. No caso da alienação de capital da EDP, foi nomeada uma comissão constituída por Daniel Bessa e outros, só que era governamental. Obviamente que a entidade que no parlamento devia fiscalizar é a comissão de acompanhamento do programa da troika. Mas nessa, para avaliar o processo de privatização da EDP, temos Miguel Frasquilho, que pertence ao Grupo Espírito Santo e à sociedade que assessorou os chineses na compra da EDP; Adolfo Mesquita Nunes, que pertence à sociedade de advogados Morais Leitão, Galvão Teles e Associados, que trabalhava para o governo nas questões da EDP e trabalha para a EDP. Tem ainda um deputado chamado Pedro Pinto cuja actividade profissional principal é ser consultor em duas empresas que dependem da EDP. Ou seja, esta comissão é constituída por pessoas que dependem da EDP ou vão assessorar os chineses na compra da EDP. Obviamente que também não é esta comissão que vai fiscalizar o processo. Mesmo o conselho de prevenção da corrupção apareceu a fiscalizar quando já estava concluído. Ou seja, veio fazer fiscalização a posteriori, o que em termos semânticos é um pouco estranho. Qual foi a transparência do processo? Nenhuma. Se foi sério não sei, mas transparente não foi e foi tao pouco claro que ao fim de três meses já andava o MP a investigá-lo.
Sempre que há um mega processo em Portugal de fraude e branqueamento de capitais abre-se um programa de repatriamento de capitais. Isto não é estar a perdoar crimes?
Isso é prática em muitos países. O problema é que só fazem isso nas pequenas fugas. Façam nas grandes. Defendo que se os donos da ex-SLN quiserem devolver 3 mil milhões de euros ao Estado português devem ser amnistiados.
Como se explica que um povo continue ao lado de um político condenado, como acontece em Oeiras?
Nos concelhos com seis mil eleitores e em que 400 pessoas trabalham na câmara, a rede de interesses e de favores é de tal ordem que se sobrepõe a uma votação livre e democrática. Nos concelhos grandes o que acontece é que a corrupção instalou-se de tal forma que os cidadãos já estão tão descrentes que a probabilidade de ter um político corrupto é muito grande. Entre ter um político que não faz nada e um corrupto que faz preferem um que faz. Os cartazes do Ademar de Barros quando concorreu a governador do Estado de São Paulo diziam isso mesmo: Ademar de Barros rouba mas faz. É um sinal da total deterioração da democracia.

Nelson Mandela

Mandela voltou a ser hospitalizado devido a infeção pulmonar
O antigo Presidente de África do Sul e Nobel da Paz Nelson Mandela, de 94 anos encontra-se em estado "preocupante, mas estável"

Mandela está a ter um fim prolongado e doloroso, não foi dos felizardos que, no fim da vida, têm uma morte instantânea ou durante o sono.
Mas as imagens que têm sido publicadas do maior estadista/humanista do século XX, em sofrimento, não deveriam existir. Todos deveríamos recordar apenas o seu sorriso conciliador e pacificador com que governou a África do Sul - evitando um genocídio e a destruição de mais um país africano.  

Dilma

Dilma vem, mas não se sabe quando
A presidente brasileira Dilma Roussef vem a Lisboa para uma visita oficial no dia 10, mas a sua chegada é uma incógnita.

Esta senhora Presidenta tem mostrado muito desprezo por Portugal. Será que pertence ao grupo de brasileiros que acredita que nós lhes roubamos o ouro todo? 

Mas quando cá chegar vai com certeza dizer que Portugal é um país "maravilhoso". 


Limitação de mandatos

A limitação de mandatos não vai resolver o problema da má gestão e corrupção nas Câmaras Municipais. Se forem eleitos dois corruptos ao longo de 6 mandatos a corrupção e o nepotismo continuarão. Mas é uma ajuda e evita a situação extraordinária de ver um presidente 30 ou 40 anos no mesmo posto, lidando com dinheiros públicos e criando uma rede de amigos e negócios que não é saudável.
Por outro lado, quem está no poder tem mais hipóteses de ser eleito devido ao conservadorismo natural do nosso povo e aos meios camarários que, geralmente, são usados nas campanhas em favor do poder existente.
Só é pena que a limitação de mandatos não seja alargada a Deputados, Presidentes de Governos Regionais, membros do Governo. E, já agora, que os Deputados da Assembleia da República tenham dedicação exclusiva, sejam em muito menor número e não possam continuar com o escândalo de entregar a feitura de leis a escritórios de advogados famosos contra milhões de euros. Os políticos portugueses honestos têm de ver estas questões e reformar e dignificar a política portuguesa.
Já agora se se pudesse ir prendendo uns corruptos de colarinho branco. Só Duarte Lima é muito pouco, ainda por cima, neste caso, sob pressão da acusação que lhe é feita na Brasil e não como epilogo normal de uma investigação judicial normal.    

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Despedimentos

Solvay despede 90 trabalhadores em Portugal
Empresa belga vai encerrar uma unidade da fábrica na Póvoa de Santa Iria, que afetará pelo menos 90 dos 250 trabalhadores.

É este permanente, contínuo e persistente encerramento e/ou deslocalização de empresas multinacionais a causa primeira da queda da nossa economia. Ainda por cima sem que se criem novas empresas que dinamizem a economia e sem que se antevejam mudanças significativas num futuro próximo. 
     

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Greve geral - apenas mais uma

Greve no privado com grande adesão? Isso deve ser entusiasmo momentâneo de quem adora estas coisas revolucionárias. No privado, muitos  trabalhadores prescindem de parte do ordenado, de horas extras e fazem tudo para manter a sua empresa e funcionar, preservando o seu trabalho, vão lá agora fazer greve.
Aliás, a adesão dos trabalhadores no privado vai ser analisado à lupa e será a maior derrota dos sindicalistas que vivem, pagos pelo Estado, da actividade sindical e tão mau serviço têm prestado aos trabalhadores.

Seguro quieto

Quem já não pede eleições é Seguro. Está quieto no seu canto a promover conversas com os restantes partidos, dizendo que vai fazer coligações mesmo com maioria absoluta e calmamente aguardando a fim deste mandato do PSD/CDS. Ele sabe quanto mais tempo Gaspar e Passos estiverem no Governo mais se reduzirá a despesa estrutural do Estado e ele já deu a entender que não pode prometer baixar impostos e muito menos aumentar a despesa do Estado. Quanto mais Passos reduzir os custos públicos menos terá ele de o fazer quando for poder (se é que vai ser - as sondagens autárquicas que o JN publicou este fim de semana não indiciam o tal desastre eleitoral, pelo contrário). 

terça-feira, 4 de junho de 2013

Economia de rastos

Todo o processo de reajustamento tem como consequência aumento do desemprego, da divida e forte recessão económica. Portugal tinha e ainda tem uma economia muito dependente do Estado e do seu orçamento o que não é saudável e agrava bastante as premissas anteriores.
Mas não vale a pena explicar ou argumentar esta questão. Como é que um desempregado com fome e sem poder alimentar os filhos compreende ou sequer consegue ouvir estas razões?
Convém também dizer que quanto às previsões o Governo deveria usar a modelação de expectativas que tem usado nas medidas de austeridade, ou seja, informar que o desemprego vai ser 20% e obter 17%; afirmar que a divida pública vai ser de 126% e ficar nos 123%. Como tem feito e continua a fazer, que é o oposto, agrava o descontentamento e o medo do futuro pela incerteza que se cria. Alguns economistas mais esclarecidos têm referido que o desemprego vai chegar aos 25% por volta de 2014. Estará o País preparado para uma calamidade destas, ainda por cima com as previsões e expectativas enganadoras de 18% ou 19%?  

PCP e BE no poder

Para o BE e PC aceitarem ir para o poder tínhamos desde logo de rasgar o pacto de agressão, deixar de pagar a divida caso não nos baixassem os juros e alongassem os prazos. Se fosse o PCP teríamos de sair do Euro e, como consequência da UE.
De seguida eles poderiam exigir a saída da NATO e a nacionalização banca e dos seguros assim como de toda a já reduzida indústria nacional de médias e grandes dimensões.
Bastam estes dados para compreender a reticências dos PS mais responsáveis (o que não é caso de Mário Soares) em unir-se a gente das áreas políticas mais irresponsáveis da esquerda, a não ser é claro na luta contra Passos. 

Eliminar Concelhos

Não adianta estar a remoer o passado há que olhar o futuro e pensar o quanto se poderia reduzir a despesa pública se eliminassem 30% ou 40% dos concelhos.
No interior mais deprimido e abandonado não se deveria mexer, até se poderiam restaurar as freguesias eliminadas pelo ex Ministro Relvas, mas no litoral e áreas mais desenvolvidas agregar concelhos seria uma óptima solução para reduzir custos. O académico Poiares, já que é tão galardoado em títulos, poderia pegar nesta missão.
Deixo uma dica: se a poupança fosse entregue em parte  e a prazo aos novos concelhos não haveria tanta resistência popular e de caciques. 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Vasco e a loucura do PREC

Só para lembrar que o PCP já governou (gonçalvismo) com os desastrosos resultados conhecidos e que quase descambou em guerra civil.
Em todo o mundo não há um exemplo de um regime comunista que tenha trazido prosperidade, apenas trouxeram ditaduras, polícia política, fome e regressão cívica e económica.
Ainda hoje os portugueses vivem aterrorizados com a possibilidade de os comunistas regressarem ao poder - nem com a atroz situação de miséria que vivemos o PC arranca nas sondagens, o que faz pensar.

Greve dos profs aos exames

A greve é um direito constitucional e normal em qualquer sociedade democrática.
(pessoalmente acho que é uma forma de luta inútil e ultrapassada, principalmente se for utilizada em excesso).
Mas quando os professores fazem greve em dia de exames é um acto totalmente irresponsável e que desconsidera de forma grotesca o esforço dos alunos - é inimaginável o sofrimento de um aluno que após ter estudado horas sem fim chega à escola e dizem-lhe que não há teste por greve. Além da sensação perigosa incutida no estudante de ser inútil estudar durante a preparação pela incerteza de realização do exame.
É como um médico fazer greve a uma cirurgia com o doente já anestesiado, ou o condutor do metro parar entre estações e expulsar os passageiros da composição.
A esquerda radical quer ser poder a prazo. Sendo os máximos apoiantes destas greves não se augura bom futuro para os integristas do socialismo real, pelo contrário. A total e continua rejeição do povo nas eleições por esta gente irá manter-se. 

Madeira em análise

Presidente da Câmara do Funchal vítima de vandalismo
O carro de Miguel Albuquerque, social-democrata adversário de João Jardim, apareceu hoje com marcas de picareta. O autarca pensa que o querem intimidar.

Boa parte da classe dirigente e política da Madeira precisa de aconselhamento psiquiátrico urgente e profissional. Não me recordo de ver tamanha demonstração de bandalheira, loucura e anormalidade na política portuguesa como o que todos verificamos ser a situação política demente da Ilha.
Claro que quem paga a factura é o patriótico e esforçado povo madeirense que se arruinou com as obras faraónicas e o total desperdício de recursos públicos que por lá se verificou.

sexta-feira, 31 de maio de 2013

UGT

Sindicatos da função pública anunciam greve geral conjunta para 27 de junho
As três estruturas sindicais da função pública anunciaram esta sexta-feira, em comunicado, a realização de uma greve para o dia 27 de junho

É a grande novidade desta Primavera - Verão: o novo chefe da UGT resolveu colar-se às iniciativas da comunista CGTP sem retribuição. Ou seja, a CGTP decide tudo (como Avoila demonstrou ao marcar uma greve sem dar cavaco) e a UGT aproveita a boleia.
Há quem diga que esta postura da UGT resulta de inocência do novo chefe, o que será demonstrado mais tarde.    

SWAP

Governo afasta gestores públicos ligados aos 'swaps'
O Governo concluiu a avaliação das responsabilidades nos 'swaps' contratados pelas empresas públicas e afastou todos os executivos envolvidos.

O descalabro das swaps é uma prova da total irresponsabilidade e incompetência dos nossos gestores que, ainda por cima, parecem ter total poder sem qualquer controlo ou fiscalização. Ou seja, a ASAE anda a controlar galheteiros e copos para beber ginginha, além da cassete pirata, mas quem lida com milhões do erário público anda de rédea solta. 
Vá lá que, ao contrário de outros tempos, o Governo não está a esconder nada, afasta os responsáveis e está a tentar diminuir o dano à economia nacional.

O Provedor comentador (faccioso)

Provedor defende eleições antecipadas
"Realizar as eleições para o Parlamento no mesmo dia em que as eleições autárquicas", é a alternativa referida por Alfredo José de Sousa para "refrescar" a situação política antes de junho de 2014.

Este senhor, que deveria exercer o seu mandato com dignidade e prudência, quer transformar-se em mais um comentador (faccioso) da vida política nacional. 
Deveria esperar pelo fim do seu consulado como Provedor, instituto digno que está a ser descredibilizado por este individuo.

Insultos na AR

Parlamento evacuado após protestos
Convidados dos partidos manifestaram-se gritarando palavras como "chulos" e cantando "Grândola Vila Morena" esta manhã na Assembleia da República, antes de serem retirados das galerias.

Mário Soares previu ontem na tertúlia das esquerdas que a passividade do povo vai terminar e que a justiça de Fafe vai imperar contra os políticos e o Estado em geral. 
Os esquerdistas devem perceber que também eles sentirão o varapau nas costas caso o tal fim do pacifismo aconteça e deverão agir nesta matéria com a máxima cautela. Aliás Soares ainda se deve recordar das murraças que levou na Marinha Grande.


sábado, 25 de maio de 2013

Insultos a Cavaco


Infelizmente vivemos na democracia do insulto. Desde os cobardes anónimos na Internet, a políticos (principalmente a esquerda radical e os Presidentes das ilhas) a comentadores oficiais e identificados. Isto cria um mau ambiente nada favorável a um debate de ideias esclarecedor. 
Mas é caso para perguntar: será que Miguel Sousa Tavares teria coragem de chamar palhaço a Balsemão? Ele é sempre do contra poder. É anti Sócrates quando ele está no poder e socratista agora que está afastado e é pró Cavaco quando ele atacava Pedro Santana Lopes, 1º Ministro, e anti Cavaco Presidente. 
Nunca ninguém ganhou a vida escrevendo e falando bem (mesmo que seja a verdade).

terça-feira, 21 de maio de 2013

Estado tentacular

Esta reunião de Cavaco Silva com os seus conselheiros de estado é insignificante para a vida política portuguesa e desprezível para os portugueses mais afectados pela crise económica que vivemos. Aliás tudo o que os nossos dirigentes têm feito apenas causam fastio ou indiferença à população tal a inocuidade e inutilidade para a melhoria de vida dos desempregados e dos endividados. Temos uma classe política e um Estado que se está nas tintas para a iniciativa privada. A situação já dura há tantos anos que já nos parece inevitável e normal, mas não é. Como é possível termos uma administração pública que dificulta, obstaculiza ou impede a criação de novos negócios privados que são a única hipótese de tirar Portugal das dificuldades? Pelo contrário, o Estado não muda e só vemos preocupação em manter privilégios dos seus servidores e da sua acção. Como é possível ouvirmos diariamente que para licenciar um negócio são necessários pareceres de 10, 12 ou mais organismos estatais e ninguém protestar ou fazer nada? 

sábado, 18 de maio de 2013

Seguro segura-se


Seguro leva Costa e Assis para a direção do PS
António Costa é o número um da Comissão Política, que será eleita amanhã pela Comissão Nacional. Francisco Assis entra para o Secretariado.


Seguro está com medo que o apeiem e pretende controlar os adversários internos levando-os para cargos de destaque. Mas ele escusava de se preocupar com Costa. Ele é baixinho, está cada vez mais gordo e apresenta sempre um sorriso amarelo na face, portanto é um não adversário.
Já Assis é perigoso. Tem raciocínios e reflexões credíveis, não perde a compostura e foi a concorrência a Seguro. Sendo assim o António José deve engraxá-lo bem para que o apoie até à reconquista do poder.


quinta-feira, 16 de maio de 2013

Paulo Portas


Parece evidente que o grande prejudicado com esta questão do corte das pensões foi Paulo Portas e o CDS. O grande e arguto político Portas perdeu o sangue frio e a compostura que vinha mantendo e elaborou e difundiu a inacreditável declaração de Domingo quando deveria saber que não poderia cumprir o que prometia e afirmava a pés juntos.
Paulo Portas descontrolou-se e perdeu a face, parece ser esta a razão para este episódio.
Já Passos Coelho mantêm uma calma e um sangue frio inacreditáveis. 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Os cortes nas pensões


Paulo Portas quando disse que a linha do corte de reformas não podia ser ultrapassada teve o seu momento Daniel Oliveira pois refere o óbvio: cortar as reformas é muito mau mas esqueceu de dizer onde ia buscar o dinheiro em falta; agora caiu na real e já admite aprovar a medida.
Não se trata de maniqueismo ou maldade do Governo mas sim de falta de dinheiro e este episódio resume-se a quebra de sangue frio nos governantes centrais. Portas e Gaspar estão a ceder e estão desorientados, o único que mantêm um sangue frio impressionante é o mais pressionado e insultado pela esquerda e pelos milhões de dependentes do Orçamento: Passos Coelho

domingo, 12 de maio de 2013

Crimes na estrada impunes e caça doentia à multa


Corridas assassinas em estradas e auto estradas nacionais - um crime que continua impune
O serralheiro Fernando Ribeiro Sousa, pai e avô, é a mais recente vítima dos picanços ilegais que se fazem às portas de Lisboa e por todo o país.


A GNR comunicou esta semana que, apenas no 1º trimestre de 2013, "apanhou" 44 mil (!!) incautos automobilistas em excesso de velocidade tendo aplicado a respectiva coima.
Portanto, a Brigada de Trânsito entende que para diminuir as mortes na estrada basta espalhar umas dezenas de radares nas auto estradas e multar quem ultrapassa os limites de velocidade - diga-se que numa viagem de, por exemplo, 200 Km é quase impossível cumprir sempre os limites de velocidade e a Guarda lá está para registar e multar.
Entretanto, as corridas ilegais existem por todo o lado de forma impune, o estacionamento continua abusivo e caótico e as manobras perigosas em cruzamentos e avenidas acontecem constantemente. Mas a GNR e PSP lavam dai as suas mãos e continuam obcecados com a velocidade em auto estradas, principalmente nos lanços de limite de 100 Km/Hora. 


sábado, 11 de maio de 2013

Provedor de Justiça em fim de mandato


A Provedoria de Justiça é um bom organismo do Estado. Nem que seja apenas para que os cidadãos possam desabafar e ter a ilusão de que o seu problema é ouvido e será resolvido pela instituição. As suas deliberações não têm força de lei e servem apenas como aconselhamento aos governantes, que, em boa parte das ocasiões, fazem vista grossa ou ouvidos de mercador ao que o Provedor recomenda.

O personagem que de momento ocupa o cargo de Provedor, Alfredo José de Sousa, é talhado para o lugar. Descontraído, conformado e munido de uma paciência e calma sem limites deverá ser reconduzido pois demonstrou estar à altura.

Democracia frágil no Paquistão


Atentados marcam dia de eleições no Paquistão
Pelo menos onze pessoas morreram e outras 36 ficaram feridas em Karashi. Alvo do ataque era o candidato laico Amanula Mehsud.


Estes radicais muçulmanos, que o são devido a ignorância e a uma educação escolar completamente errada (como decorar o Corão aos 6 anos), não toleram e calma e o respeito numa normal eleição para escolha de governantes. Não conseguem perceber que o melhor é ser o povo, na sua infinita sabedoria, a escolher.

Mas o mundo ocidental também deve interiorizar que caso ganhe o mais radical muçulmano e se torne líder em eleições livres, o mesmo deve ser saudado e defendido contra tudo e contra todos como democrata e incontestável governante e representante do povo.

Carlos Abreu Amorim


"Tempo político de Vítor Gaspar terminou", diz Carlos Abreu Amorim
O candidato à câmara de Gaia pelo PSD considera que "é preciso que os problemas sejam tratados através de uma percepção dos anseios e necessidades das pessoas"

Há políticos que pensam o eleitorado nacional como um bando de inaptos facilmente manipulável com frases bombásticas. 

Ó Abreu, nós sabemos que você apenas quer separar-se do desastre das sondagens do Governo com esta traiçãozeca ao seu partido. Pois acredite que não vai ganhar uma cruz extra nos boletins com este gesto inqualificável. Pelo contrário...



sexta-feira, 10 de maio de 2013

Jorge Miranda


Diminuição retroactiva de pensões é inconstitucional, diz Jorge Miranda
O constitucionalista sustenta que "nas pensões contributivas dos funcionários públicos não se pode admitir que se venha retirar aquilo que as pessoas deram".


Este senhor, considerado o pai da nossa Constituição, é um monstro sagrado para os constitucionalistas e deverá ter enorme influência no intimo ou no sub-consciente dos juízes do Tribunal Constitucional.

Talvez as declarações deste senhor, para quem quase tudo é inconstitucional, expliquem algumas incongruências que, infelizmente, nos chegam através dos pareceres do Tribunal Constitucional.   

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Funcionários de saída


5 mil milhões de euros poupados com cortes de pessoal
Segundo o secretário de Estado da Administração Pública, entre 2010 e 2012 houve uma redução de 50 mil funcionários públicos.

Com o Estado é 8 ou 80. 

Ou não despede, aumenta privilégios dos seus funcionários e até contrata sem necessidade; ou então despede às dezenas de milhar de uma assentada e humilha os pobres futuros despedidos. 

(nos trabalhadores do privado deve existir um forte sentimento de justiça feita e até de alguma satisfação mesquinha pela razia no público). 

Quem esfrega as mãos de contente é Seguro e o PS. Quando regressarem ao poder vão ter o Estado saneado e emagrecido sem a maçada das reclamações dos funcionários públicos.

sábado, 6 de abril de 2013

Seguro, o desgraçado


Seguro disponível para ser primeiro-ministro
"Eu estou disponível para substituir o Governo", disse o líder do PS em Portimão, acrescentando estar "indisponível para um acordo" com o Executivo de Passos Coelho.

Seguro está radiante com a situação desgraçada que o país vive pois assim conseguirá chegar ao poder antes que o corram do PS. É triste ter um irresponsável desta categoria como líder do maior partido da oposição. 
Frases ocas, chavões infantis, proclamações violentas sem qualquer substância é tudo o que este individuo tem para oferecer. Alternativas, ideias para sair da crise, nada. 

quarta-feira, 27 de março de 2013

Sócrates na RTP


Sócrates têm todo o direito de falar e de se defender, tentando limpar a sua imagem e a RTP tem todo o direito de convidar quem quiser para comentador. Ainda por cima grátis, o que demonstra que o ex Primeiro Ministro dispõe de bastos recursos financeiros, o que não acontecia antes de ter  sido governante.  
Mas a montanha vai parir um rato. Pinto de Sousa é perito em não responder ao que lhe perguntam e a fugir para campos argumentativos mais favoráveis. E se o contrariam nesta táctica torna-se agressivo e intimidador. Logo ninguém vai ficar convencido a mudar a sua posição sobre a inocência ou a culpabilidade deste individuo na desgraça nacional.
Quanto ao vindouro programa de análise, será também um flop pois não se reconhecem ao Engº Técnico competências acrescidas de previsão ou raciocínios brilhantes sobre o presente ou muito menos sobre o futuro. (ele é bom é a defender-se das inúmeras acusações que lhe fazem) 

Jorge Silva Carvalho e o inacreditável


Despacho de Passos e Gaspar dá emprego ao ex-espião Jorge Silva Carvalho
Ex-diretor das secretas vai ser integrado na Presidência do Conselho de Ministros, dita um despacho publicado hoje no Diário da República.

Isto é o carreirismo, o oportunismo, a incompetência no seu máximo esplendor.
O Estado deixou-se canibalizar por estes funcionários públicos que não podem ser despedidos e têm o futuro sempre garantido pelo erário público. Num país civilizado e desenvolvido (principalmente na mentalidade colectiva) um servidor do Estado não pode ser um parasita eterno, tem de se esforçar e trabalhar. Se for incompetente ou ladrão deve ser facilmente removido.
Mas infelizmente em Portugal estes escândalos, pagos com o dinheiro dos impostos, são obrigatórios por lei.
O Estado tem de ser expurgado destas leis medievais que sacralizam o funcionalismo público e que vêm do tempo da ditadura.

segunda-feira, 25 de março de 2013

A pequena Alexandra


Avó de Alexandra receia que Portugal faça da neta "material biológico"
A avó da menina russa criada em Portugal por uma família de acolhimento diz, em entrevista a um jornal russo, que vai fazer tudo para Alexandra continuar na Rússia.

Ainda hoje muitos portugueses se interrogam e revoltam contra a justiça portuguesa, principalmente contra o juiz da Relação de Guimarães, por ter entregue a menina a uma mãe bêbeda com esta proveniência.
Foi uma incompetência e uma estupidez jurídica de proporções boçais. 
Até os técnicos russos que tomaram conta do caso criticaram o nosso pequeno juiz e o nosso inenarrável sistema de justiça.  

Remodelação Governamental


Pires de Lima defende remodelação no Governo
"Falta muitas vezes capacidade e competência política a este Governo", disse o dirigente do CDS.

Não deve ser provável que Passos remodele a pedido ou sob pressão. Aliás, essa deve ser a melhor maneira de não haver qualquer remodelação, se insistem com pressões Passos não aceita.
O CDS tem aqui uma actuação muito infantil e pouco prudente. Estes assuntos discutem-se no recato dos gabinetes e não com anúncios de centristas famosos em vão de escada.
Vamos imaginar que o CDS resolve esticar a corda com este caso, Passos não cede e a coligação cai. O que pensará o povo de tal irresponsabilidade do CDS e de Portas? Aliás, não se entende como Portas se deixou cair neste episódio caricato.
Não obstante, é justo pensar que Relvas, que é vitima de racismo social no país, esteja ansioso por sair do Governo e apenas se mantenha a pedido do 1º Ministro. A grande remodelação deverá acontecer apenas após as autárquicas e então Relvas e outros mais desgastados deverão sair. 

domingo, 24 de março de 2013

PS apresenta moção de censura na próxima semana


A moção de censura do PS contra o Governo, que consideram ter falhado todos os objectivos  será apresentada na próxima semana e discutida na seguinte.


O destaque dado a mais esta iniciativa do PS é apenas lenha para fazer arder a fogueira de demagogia e irresponsabilidade em que Seguro e os seus colegas envolveram o PS.
A moção de censura, que o pobre Seguro nunca apresentaria se soubesse que havia a mais pequena possibilidade de ser aprovada, é apenas mais uma palhaçada tipo "abstenção violenta", "ruptura total com o Governo" e outras infantilidades do irritante e imberbe dirigente do PS.
Diz-se que o inacreditável regresso de Sócrates, pela via do comentário televisivo, vai arrasar o Governo. Pelo contrário, se Sócrates mantiver a mesma fluência oratória do tempo em que era poder vai abafar e menorizar o pobre e inseguro Seguro.



sábado, 23 de março de 2013

O odiado Parlamento


O ódio, desprezo ou criticas exacerbadas que há décadas se atiram aos parlamentares também têm laivos de demagogia. Diga-se que o Parlamento é o saco de boxe da populaça onde se expiam as frustrações colectivas da Nação.
Tudo isso deriva de um facto há muito esquecido. As TV mostravam muitas vezes as bancadas parlamentares vazias em plena hora de trabalho o que levou a turba a pensar convictamente que os deputados eram eleitos, fugiam ao trabalho e se limitavam a receber o ordenado. Hoje, com a TV do Parlamento, essas imagens desprestigiantes acabaram, mas os deputados não se livram da fama.
Antigamente é que era bom? Isso é apenas saudosismo. Convém relembrar alguns energúmenos que por lá passaram e insultavam os colegas. Hoje não se vê isso, felizmente, e quando há o meliante é demitido (Pinho).
Como tudo na vida existem deputados de alta craveira, os medianos e os maus e, com os baixos ordenados que o Parlamento paga, é um milagre termos lá um razoável número de gente superior - basta ver os debates para os observar.
Claro que a nossa Assembleia pode melhorar. Devia reduzir o seu orçamento anual, que se mantêm inalterável quando nas outras instituições há reduções; poderia haver mais transparência por parte dos partidos na elaboração das listas; um maior cuidado na elaboração dos leis para evitar confusões como a lei de limitação de mandatos autárquicos.
   

sexta-feira, 22 de março de 2013

Seguro o desgraçado


Seguro chumbou ontem o projecto de recomendação do PCP para a demissão do Governo alegando que era inútil. Hoje, António José anuncia uma moção de censura que sabe que vai ser reprovada pela maioria. Em que é que ficamos? Qual a congruência do principal partido da oposição?
Seguro apresenta a moção de censura porque sabe que não será aprovada, a não ser que o CDS enlouqueça. Caso contrário nunca o pobre Seguro se atreveria ao risco de fazer cair o Governo. Ele sabe a desgraça em que o país se encontra e não há nada a fazer por parte do Executivo, seja ele qual for, para contrariar a crise.
As palavras de Passos hoje na Assembleia afirmando que Seguro tem pressa de chegar ao poder são um equivoco ou conversa parlamentar.
Seguro aterroriza-se só de pensar que pode ser 1º Ministro a curto prazo e Passos sabe que enquanto Seguro for o líder da oposição tem a vida facilitada tal a incompetência e falta de credibilidade de António José. O PSD sobe nas sondagens o que é um facto inacreditável.  

quarta-feira, 20 de março de 2013

PIGS e o Chipre


Os PIGS (onde agora se inclui também o Chipre) estão falidos e a viver de empréstimos devido à irresponsabilidade e falta de patriotismo dos seus governantes. E os respectivos povos estão de tal maneira em pânico que nem reflectem sobre as medidas propostas para resolver os problemas da divida. Explodem e desatam a clamar morte a Merkel e à Alemanha. 
Foi pena que todos aqueles que agora criticam as troikas, não tenham tido a mesma atitude enquanto se pediu o dinheiro e se arruinou a economia e finanças.

terça-feira, 19 de março de 2013

Muda de Governo com este Parlamento


Mudar de Governo é uma falácia destinada a enganar o pessoal. Mesmo que isso suceda e lá ponham gente mais velha (daqueles que tiraram o curso no tempo do Estado Novo) o que é que vai mudar? Nada! Absolutamente nada! Podemos, eventualmente, ter um Ministro das Finanças que acerte nas previsões mas elas serão sempre muito más, não se pense que por mudar de Ministro teremos boas previsões e certeiras.
Portanto, estamos perante mais uma questão pueril.

Justiça salarial


Estudo recomenda revisão da política salarial da função pública
O Governo enviou, na segunda-feira, um estudo de comparação salarial aos sindicatos da função pública, que recomenda a revisão da política salarial da Administração Pública, de modo a fazer o seu alinhamento progressivo com o que é praticado no sector privado

O sistema salarial das empresas privadas, regra geral, é extremamente injusto. Os trabalhadores menos qualificados ganham muito mal e o salário dos altos quadros é obscenamente elevado. Poder-se-ia dizer que os nossos gestores são muito competentes e por isso são muito bem pagos, mas a realidade evidencia o contrário, tal a má situação das nossas empresas que se verifica um pouco por toda a parte. Os salários dos quadros privados só são altos porque são os próprios a decidir quanto vão ganhar. Isto é uma vergonha mas é a pura verdade, as empresas deixaram-se cair num esquema em que não passam de um modo de criar uma zona de conforto para os amigalhaços, a maior parte das vezes totalmente inaptos.
No Estado parece que a situação é mais equilibrada e esse equilíbrio não deve ser quebrado, embora seja imprescindível que também nesta área se caminhe para uma adequação das receitas com as despesas.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Sondagem surpreendente


É surpreendente, na conjura infernal em que vivemos, ter aparecido hoje uma sondagem da Universidade Católica, dizem que são sempre as mais credíveis, informando que PSD sobe 4% (!!) e o PS mantêm...
Mas afinal o que se passa com o PS?
A sua acção governativa ruinosa no tempo de Sócrates já foi esquecida e branqueada; faz oposição a um Governo de um país à beira do caos e acossado por todos os lados. Dizia um escriba notável que até o Pato Donald ganharia as próprias legislativas ao PSD.
Com todas estas facilidades o PS não consegue humilhar o PSD nas sondagens e deixa-o subir 4%!!!
Temos de dar razão a quem afirma que as manifestações não representam a vontade do povo mas apenas o descontentamento de alguns.
De notar, que a referida sondagem afirmava, preto no branco, que 60% dos portugueses não acreditam que outro Governo faça melhor.
A esquerda radical integrista e irresponsável continua, como esperado, a cair.
O CDS que mantém uma postura de fuga em frente pelo meio dos pingos da chuva, cai também. 

domingo, 10 de março de 2013

Cortes de 4 mil milhoes


Ao que parece, chegou a vez de Paulo Portas e do CDS assumirem a sua quota parte dos custos da governação. Com a sua nomeação para liderar os trabalhos de reforma do Estado, Portas assume um papel central no esforço de redução da despesa pública, e passa a associar o seu nome e o do PP ao plano de corte de 4 mil milhões de euros que o Estado terá de fazer até 2014 ou 2015

Este súbito protagonismo de Paulo Portas deve ter surgido pela tal influência reservada de Cavaco, que o próprio anunciou, junto das instâncias governativas. Trata-se apenas da elaboração de um guia orientativo para os cortes de 4 mil milhões, sendo assim dizer que Portas se vai sentar no meio do furação será um tanto excessivo, embora signifique um aumento de protagonismo do 2º partido da coligação na governação.
Quanto à diminuição de 4 mil milhões na despesa do Estado, que é realmente o que interessa aos portugueses, deverá ser um trabalho minuciosamente estudado, apesar de não haver muito tempo, para evitar injustiças e prejudicar quem hoje já vive como indigente ao mesmo tempo que se verificam ainda muitas vidas de bem estar à custa do dinheiro dos impostos.

quinta-feira, 7 de março de 2013

A morte espectáculo de Chavez


Foi chocante ver a celebração da morte de Chavez por venezuelanos exilados, também é chocante ver tamanho espectáculo à volta da morte de um homem. Mas foi o defunto quem proporcionou estas cenas, a sua doença, tratamento e sofrimento, que deveriam ser da esfera privada, foram usadas pelo próprio doente para propaganda. Mesmo antes de sair para Cuba para a derradeira operação, Chavez já deveria suspeitar da sua morte eminente e nomeou sucessor.
Não é bom que a política seja assim, com tanto espectáculo e encenação. Não é bom que um regime dependa tanto de um homem (ou mulher). As imagens de venezuelanos chorando em desespero significam que aquele povo, além do petróleo, estava dependente de Chavez.
Por último, uma palavra para Mário Soares que afirmou que Chavez era um verdadeiro democrata pois foi sempre eleito pelo seu povo. Não esquecer o golpe de estado que o levou ao poder e os atropelos à oposição e liberdade de expressão. Não esquecer também que Hitler também foi eleito e as acusações de deficit democrático à Madeira de Alberto João Jardim, também eleito pelo seu povo. Mas a Mário Soares tudo se perdoa.

domingo, 3 de março de 2013

Manifestações de 2 Março de 2013


Nas manifestações de ontem ouvimos à exaustão que a troika deve ir embora e que o Governo se deve demitir. 
Vamos imaginar que o poder popular ontem vislumbrado era soberano, como as eleições, e a troika se ia mesmo embora e nos abandonava à nossa sorte, ou seja, deixava de enviar para cá o resto do empréstimo. E o Governo fazia o mesmo, se demitia e íamos para eleições. 
Qual seria a nossa sorte? Qual a jogada seguinte? 
Aposto que nenhum manifestante sabe responder a estas questões. Todos sabem apenas que querem a vida antiga de volta. Uma vida que infelizmente não é viável com a riqueza que produzimos e que apenas existiu enquanto tivemos banqueiros que nos emprestassem o capital necessário. 
Tudo isso acabou e é triste verificar que a única reacção à miséria em que vivemos são manifestações, insultos e emigração. Poucos se atrevem a pensar em encontrar um caminho alternativo, produtivo e optimista para o nosso país. Não admira, tal a dificuldade da tarefa. É mais fácil a via do protesto mesmo que não se saibam quais os benefícios de tal atitude.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Seguro o desgraçado


Seguro apresenta "cinco propostas concretas para sair da crise"
O secretário-geral do PS defende que é preciso "parar com a austeridade" e lançar programas de estabilização económica e apoio a desempregados, uma "estratégia realista" para diminuir a dívida e o défice e uma agenda para o crescimento

O conjunto de cinco propostas foi apresentado por António José Seguro, na Assembleia da República, na abertura de um debate de urgência pedido pelo PS sobre a "Alternativa para a saída da crise".

Nas medidas para estabilizar a economia, Seguro propôs, por exemplo, a redução do IVA para a restauração, o aumento de salário mínimo nacional e das pensões mais baixas negociados na concertação social e um plano de reabilitação urbana que dê "a prioridade à eficiência energética, com aproveitamento dos fundos comunitários".


Fiquei sem perceber se Seguro é um aldrabão, se não sabe o que diz ou se não tem a noção do ridículo. 

O PS deve pensar rapidamente em mudar de líder para alguém credível, a bem do país que precisa de uma oposição democrática séria. 

Este indivíduo, actual líder do PS, é o ideal para facilitar a vida política do Governo tal a inocência com que actua, mas o país precisa de um PS preparado para a alternância governativa face à continua irresponsabilidade e negação da realidade de PCP e BE que teimam em não querer ser Governo.




quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Insultos ao Governo

Passos Coelho sai da Faculdade de Direito debaixo de assobios e insultos
O primeiro-ministro saiu ontem da Faculdade de Direito de Lisboa debaixo do protesto de cerca de uma centena de alunos, que gritavam palavras como "gatunos" e "demissão".

Estes protestos de um pequeno grupo de cidadãos, que insultam de forma alarve os governantes, não querem dizer nada. O que são 100 ou mesmo 1000 estudantes. operários ou colocadores de ladrilhos em protestos face aos milhões de portugueses votantes? 

A vontade do povo é soberana e expressa-se nas eleições, o resto é fogo de vista. 
Mas a reacção dos Governo deve ser calculada e preparada. 
Cavaco reagia de forma histérica e Sócrates de forma irritada e o resultado final não foi bom pois os protestes dos pequenos grupos de radicais iam aumentando de dimensão. 
É necessário manter a estabilidade política, eleições no curto prazo seriam uma tragédia nacional e o Governo deve estudar como lidar melhor com estes protestos para a preservar. 
Até porque mudar para um Governo PS/Seguro não iria resolver nada, pelo contrário.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Situação política


O actual Governo PSD/CDS já se encontra bastante desgastado, sem ideias e, cúmulo da incongruência, só agora parece ter acordado para a necessidade de se criarem condições para que a economia cresça, mormente reduzindo a burocracia e impostos para as empresas privadas e refundando a justiça. Estas e outras medidas medidas são importantíssimas para facilitar o crescimento económico e deveriam ter sido a prioridade de Passos.
Mas na actual situação política temos uma vantagem: uma maioria absoluta no Parlamento que nos permite manter a estabilidade política. Parece que muitos já se esqueceram do que é termos um Governo com apenas maioria relativa, ainda por cima na tempestade económica por que passamos.
Pois é para aí que nos encaminhamos. O pobre e esforçado Seguro, que nem consegue dominar o seu partido, deverá em breve ser 1º Ministro sem maioria absoluta e a iminência essa tragédia deverá ser motivo de reflexão para todos nós.  
Mais: Seguro não vai poder fazer diferente de Passos devido à nossa subjugação aos credores estrangeiros e à total falência do país, disfarçada apenas pelo empréstimo da tríade.     .   

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Relvas impedido de falar


Este triste episódio em que a liberdade de expressão de um Ministro numa cerimónia pública foi cerceada por meia dúzia de cidadãos, foi uma jogada de sorte para... Relvas.
Desde que se soube que ele não era um licenciado, um académico como manda a tradição e o povo tanto gosta, Relvas inspirou a boa parte dos cidadãos ódio, desprezo ou desilusão e o seu prestígio, que era elevado antes do caso, caiu a pique e hoje é nulo. E o ódio mais profundo provém de verdadeiros licenciados, hoje no desemprego ou em cargos menores, que não admitem que alguém apenas com o 12º ano seja Ministro e eles caixas de supermercado ou vendedores de TV Cabo.
O bom senso aconselhava Relvas a demitir-se o mais rápido possível, mas a insistência de Passos para que ficasse não o deixou ir o que foi um enorme erro tanto para a imagem do Ministro como para a credibilidade do Executivo.
Este episódio, contudo, veio dar algum fôlego a Relvas. A imagem da sua posição frágil face ao ódio dos estudantes, ou lá o que eram os manifestantes, criou alguma comiseração em muitos cidadãos que não se revêem naquele circo anti democrático. 

Câmaras


As Câmaras deveriam ser reduzidas a metade, principalmente na zona do eixo Braga/Porto - Lisboa/Setúbal; os mandatos dos presidentes e restantes eleitos autárquicos deveriam ser claramente limitados, sem margem para dúvidas, assim como dos restantes governantes, inclusive nas ilhas; a Assembleia da República, se lhe resta alguma dignidade, deveria estar a trabalhar para resolver este escândalo da lei de limitação de mandatos o mais rápido possível - como foi feita, ainda por cima com os erros detectados apenas serve para atirar areia para os olhos do povo.
Mas estamos a falar de um assunto que mexe com interesses dos políticos e dos partidos e aí é muito difícil mexer e moralizar. Só se fossemos um país e um povo avançado e totalmente civilizado que pensasse no longo prazo é que uma reforma destas seria normalmente e pacificamente implementada. 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Triste sina


A Europa, quase toda, entrou em período de queda económica o que deixa antever alguma razão aos que sempre defenderam que a austeridade só veio agravar o problema. Será assim? Caso os dirigentes alemães cedessem e terminassem com as políticas restritivas os problemas económicos europeus actuais não existiriam? Temos como exemplo o nosso caso durante o consulado Sócrates onde foram despejados 70 mil milhões de euros a crédito na economia e o resultado foi crescimento próximo do zero.
A conclusão a que se chega é que o investimento público nada resolve, além de aumentar a divida, mas a austeridade também não é solução. Estamos num beco sem saída e nos próximos anos não deverá haver qualquer mudança a não ser um piorar forte da situação.
Seria positivo que pensássemos nos que não têm emprego nem subsídio, principalmente se com descendentes a cargo. Temos que redistribuir os parcos recursos existentes para quem mais precisa.    

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Relvas e Grândola


Esta táctica de usar meia dúzia de gatos pingados para impedir outros de falarem cantando e gritando, além de económica, pois usa poucos meliantes, destina-se a fazer esquecer o verdadeiro flop das últimas manifestações da CGTP. 
Tirando alguma, pouca, relevância no Porto, nas restantes apareceram apenas os bigodudos e os tolinhos vestidos de Che do costume. 
Mas sobre isso não interessa falar, certo? 
Apenas digo que todos sabem que estas manifestações low cost e com laivos de fascismo, são organizadas pelo Bloco e PCP e são prejudiciais às pretensões eleitorais da esquerda radical. O Governo sai vitimizado e as dúvidas sobre o respeito pela liberdade de expressão por parte da esquerda integrista ficam dissipadas. Actuam e actuarão ao bom estilo soviético, maoista ou albanês, conforme o grupelho de que estivermos a falar.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Palácio da Lousã


Assembleia Municipal viabiliza venda de Palácio da Lousã por um euro
A transação pelo valor de um euro, aprovada pela Assembleia Municipal da Lousã, deverá realizar-se na condição de o comprador assumir o passivo do hotel Palácio da Lousã, na ordem dos três milhões de euros.


Nada de novo neste cambalacho. O Estado, neste caso autarquia, mete-se em negócios de que não entende nada nem está vocacionado e lá se vão mais uns milhões de dinheiro dos impostos de todos nós para o lixo. 
Vamos ver se o investidor é sério, paga as dividas e desenvolve o projecto. 
Muitos não entenderam ainda como chegamos ao estado calamitoso de dividas excessivas actual. Serão milhares de gestos irresponsáveis, como este investimento da Câmara da Lousã, uma das causas.