As contas públicas nacionais são um labirinto complicado. Há dinheiro para pagar o subsídio de férias aos funcionários públicos e pensionistas mas não se paga sem mais explicações, há dinheiro para amortizar as incríveis SWAP, há verba disponível para despedir e indemnizar professores e outros que estejam a mais no mundo dos servidores do Estado, não falta vontade politica para lubrificar a gestão ruinosa do Banif com milhões de euros de todos nós. Até se diz que há folga orçamental para reduzir impostos, o que me parece uma fantasia manhosa própria de tempos próximos de eleições
Há euros para tudo e ao mesmo tempo aparecem estes buracos gigantescos da gigantesca administração pública que rapina tudo o que a nação produz.
Gaspar, secundado pelo frio e imperturbável Passos, está obcecado pela redução da despesa pública e pelo alcance a prazo razoável do deficit zero. Não se vislumbra um motivo para que o Ministro das Finanças não tenha ainda visto a montanha a pouca distância. Se a reforma das autarquias fosse feita com a diminuição para metade dos inúmeros concelhos existentes ou se extinguissem serviços do Estado que trabalham para eles próprios ou que se duplicam e atrapalham uns aos outros e que são bastante frequentes, o politicamente debilitado Gaspar veria facilitada a sua espinhosa missão e não teria de bulir nos ordenados de tanta gente.
No caso da redução de concelhos bastou uma conversa do truculento presidente de Viseu com Passos para que a medida passasse para o âmbito das indefesas freguesias. O que é uma postura dos poderes lamentável.
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